A M I G O S . . .
O Sol é tão amigo da Lua que um dia disse a ela : eu, como trago dentro de mim o calor incandescente do fogo, vou aquecer a terra durante o dia e quando eu me for e a noite chegar, você majestade prateada, ilumine a noite para que o seresteiro apaixonado cante para sua amada.
O coração é tão amigo do sangue, que um dia disse a ele: você que é líquido e pode fluir pelas artérias, vou bombeá-lo para que juntos possamos ter um ser humano mais humano.
Os olhos são tão amigos dos pés que um dia disse a eles: vou enxergar os caminhos para que caminhe por caminhos retos aquele ser humano que o coração e o sangue fizeram vivo.
O violão é tão amigo do violeiro, que com um roçar de dedos em suas cordas, uma melodia suave e encantadora surge inebriando os ouvidos e a alma da amada. A amada que aquele seresteiro iluminado pela majestade prateada cantou em seus versos. . .