"Amigos, eu vi!"
Fazendo uma alusão ao grande Antônio Gonçalves Dias, que no seu belo poema indianista I Juca Pirama contou a saga de um bravo guerreiro Tupi aprisionado pelos Timbiras (com marcante frase "Meninos, eu vi!", no final), digo-lhes que Jairo Macário - por coincidência um poeta romântico - também é um guerreiro. No seu afã diário da busca do Belo, do Amor e da Natureza.
A sua pequena e pacara Vera Cruz/BA, ali do outro lado, na Ilha de Itaparica, certamente foi o trampolim para a sua jornada poética e posteriormente para a publicação desta obra. Naquele cenário onde a Mãe Natureza parece repousar de forma perpétua, Macário viu, ouviu, amou e sonhou. Cantou, avistou e protestou.
No seu trejeito caboclo e simples, mas de uma poesia forte, tanto na de cunho romântico, como se faz observar em A Travessia: (Se lhe pergunto qual a tonalidade / Do seu pequeno grande coração / Ela diz: que é negro, mas não é verdade / Ele é da cor do amor, ainda em botão...) como no poema de teor social, exemplo do sorumbático, mas atualíssimo Pérfido Natal: (E o Natal passou.../ Voltamos ao trivial / Bola, boneca, trabalho e barriga cheia / Só no próximo Natal).
Fecha A Dupla Face do Amor com onze quadras de repuxo e aversão à zorra que armaram no nosso círculo político: Brasiliando... é a cara nua e crua de um país que ainda nao conseguiu achar o seu rumo, devido ao consumismo corruptivo daqueles que se dizem donos do Poder. E o pior é que todos sabem quem são os culpados...
Jairo Macário fazia seus poemas apenas como passatempo, uma forma salutar de espargir as idéias. Em 2006, a pedidos e incentivado pelos amigos, resolveu lançar, juntamente com mais quatro poetas, a antologia Poetas na Praça, em homenagem aos 160 anos de nascimento do poeta Castro Alves.
Os poemas de Jairo dessa antologia também estão inclusos em A Dupla Face do Amor, entre outros de sua infância/juventude, sua vivência nativa em Vera Cruz, seu habitat soteropolitano no bairro da Ribeira e outros mais atuais, frutos de eventos com o grupo Poetas na Praça, que ele é um dos seus diretores.
Nunca é tarde para ser feliz. E Jairo Macário, querido no seio familiar e admirado pelos amigos, completa a sua felicidade com esta obra poética criticando a sociedade inepta, exortando a Deus e espraiando o Amor - o seu lado mais sensível, sempre num trejeito "anverso e reverso", mas sempre diverso, sempre em verso.
Parabéns, Macário, pela sua jornada na trilha da Poesia! Você veio, viu e venceu!
Essa viagem, amigos, eu vi!
Carlos Alberto Barreto
Editor e poeta
Coordenador do Movimento Cultural Artpoesia
Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER)
Membro do Grupo de Ação Cultural da Bahia (GAC-BA)
Esta é a apresentação do livro A Dupla Face do Amor, do poeta baiano Jairo Macário, incansável guerreiro na luta por firmar a poesia e a arte no mundo competitivo da mídia moderna.
Luta, diuturnamente, contra a maré, e vence, a cada dia, uma batalha!
Um belo poema retirado do livro de Jairo é de cunho social, como é a arte engajada deste homem de raça negra, que não se deixa dobrar diante dos desafios que a vida lhe impõe.
NEGRITUDE EM LIDE
(Jairo Macário)
Sou negro sim, porque negro nasci
E me ufano de pertencer a essa raça
Mas com o preconceito sempre convivi
Acintosamente ouvindo chalaça.
A cota para ingresso na Universidade
É uma expressa forma de discriminação
Mas desejo o respeito da sociedade
E exijo o cumprimento à Constituição.
A concessão nada mais é que um favor
É subestimar a nossa inteligência
Argumento falso de prestígio à nossa cor
Mas deixando patente essa dependência.
O preconceito está em toda parte
Contra o mulato, pardo, cafuzo ou negro
Seja no esporte, seja na arte
Seja na escola ou também no emprego.
Mas minha cor é a cor da resistência
Desde os idos da abolição
Porque não me inclino à subserviência
E não me ponho em genuflexão.
Se todos somos iguais perante a Lei
Queremos igualdade e não a concessão
São fatos tendenciosos como estes
Que ajuda a enodoar esta Nação.
O Livro está à venda diretamente com o poeta:
A Dupla Face do Amor (Poesia) - 90 páginas
Editora: Empresa Gráfica da Bahia
Edição 2007
E-mail do autor: jairomacariosilva@yahoo.com.br
Fazendo uma alusão ao grande Antônio Gonçalves Dias, que no seu belo poema indianista I Juca Pirama contou a saga de um bravo guerreiro Tupi aprisionado pelos Timbiras (com marcante frase "Meninos, eu vi!", no final), digo-lhes que Jairo Macário - por coincidência um poeta romântico - também é um guerreiro. No seu afã diário da busca do Belo, do Amor e da Natureza.
A sua pequena e pacara Vera Cruz/BA, ali do outro lado, na Ilha de Itaparica, certamente foi o trampolim para a sua jornada poética e posteriormente para a publicação desta obra. Naquele cenário onde a Mãe Natureza parece repousar de forma perpétua, Macário viu, ouviu, amou e sonhou. Cantou, avistou e protestou.
No seu trejeito caboclo e simples, mas de uma poesia forte, tanto na de cunho romântico, como se faz observar em A Travessia: (Se lhe pergunto qual a tonalidade / Do seu pequeno grande coração / Ela diz: que é negro, mas não é verdade / Ele é da cor do amor, ainda em botão...) como no poema de teor social, exemplo do sorumbático, mas atualíssimo Pérfido Natal: (E o Natal passou.../ Voltamos ao trivial / Bola, boneca, trabalho e barriga cheia / Só no próximo Natal).
Fecha A Dupla Face do Amor com onze quadras de repuxo e aversão à zorra que armaram no nosso círculo político: Brasiliando... é a cara nua e crua de um país que ainda nao conseguiu achar o seu rumo, devido ao consumismo corruptivo daqueles que se dizem donos do Poder. E o pior é que todos sabem quem são os culpados...
Jairo Macário fazia seus poemas apenas como passatempo, uma forma salutar de espargir as idéias. Em 2006, a pedidos e incentivado pelos amigos, resolveu lançar, juntamente com mais quatro poetas, a antologia Poetas na Praça, em homenagem aos 160 anos de nascimento do poeta Castro Alves.
Os poemas de Jairo dessa antologia também estão inclusos em A Dupla Face do Amor, entre outros de sua infância/juventude, sua vivência nativa em Vera Cruz, seu habitat soteropolitano no bairro da Ribeira e outros mais atuais, frutos de eventos com o grupo Poetas na Praça, que ele é um dos seus diretores.
Nunca é tarde para ser feliz. E Jairo Macário, querido no seio familiar e admirado pelos amigos, completa a sua felicidade com esta obra poética criticando a sociedade inepta, exortando a Deus e espraiando o Amor - o seu lado mais sensível, sempre num trejeito "anverso e reverso", mas sempre diverso, sempre em verso.
Parabéns, Macário, pela sua jornada na trilha da Poesia! Você veio, viu e venceu!
Essa viagem, amigos, eu vi!
Carlos Alberto Barreto
Editor e poeta
Coordenador do Movimento Cultural Artpoesia
Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER)
Membro do Grupo de Ação Cultural da Bahia (GAC-BA)
Esta é a apresentação do livro A Dupla Face do Amor, do poeta baiano Jairo Macário, incansável guerreiro na luta por firmar a poesia e a arte no mundo competitivo da mídia moderna.
Luta, diuturnamente, contra a maré, e vence, a cada dia, uma batalha!
Um belo poema retirado do livro de Jairo é de cunho social, como é a arte engajada deste homem de raça negra, que não se deixa dobrar diante dos desafios que a vida lhe impõe.
NEGRITUDE EM LIDE
(Jairo Macário)
Sou negro sim, porque negro nasci
E me ufano de pertencer a essa raça
Mas com o preconceito sempre convivi
Acintosamente ouvindo chalaça.
A cota para ingresso na Universidade
É uma expressa forma de discriminação
Mas desejo o respeito da sociedade
E exijo o cumprimento à Constituição.
A concessão nada mais é que um favor
É subestimar a nossa inteligência
Argumento falso de prestígio à nossa cor
Mas deixando patente essa dependência.
O preconceito está em toda parte
Contra o mulato, pardo, cafuzo ou negro
Seja no esporte, seja na arte
Seja na escola ou também no emprego.
Mas minha cor é a cor da resistência
Desde os idos da abolição
Porque não me inclino à subserviência
E não me ponho em genuflexão.
Se todos somos iguais perante a Lei
Queremos igualdade e não a concessão
São fatos tendenciosos como estes
Que ajuda a enodoar esta Nação.
O Livro está à venda diretamente com o poeta:
A Dupla Face do Amor (Poesia) - 90 páginas
Editora: Empresa Gráfica da Bahia
Edição 2007
E-mail do autor: jairomacariosilva@yahoo.com.br