SEGURANÇA PROTETIVA: UMA VISÃO SOCIOLÓGICA

A sociedade brasileira, atualmente, carrega em si mesma um certo receio de instituições ligadas à Segurança Pública. Isso, talvez, se deva ao fato do conturbado processo histórico que se deu com ascensão da ditadura militar instalada durante o período de 1964 à 1985. Totalitarismo, autoritarismo e extremismo são expressões comuns utilizadas por muitos políticos, teóricos e especialistas ao fazerem referência a diferentes acontecimento dessa época. Por esse mesmo motivo, a constituinte de 1988 tanto se preocupou; muitas vezes até de modo prolíxo, com a defesa dos direitos e garantias individuais e coletivos do cidadão brasileiro.

No entanto, pragmaticamente falando, desde "durante" o processo de redemocratização aos dias atuais, a criminalidade junto com a insegurança do cidadão comum, vem crescendo vertiginosamente. E qual a razão desse fenômeno? Como que paradoxalmente um movimento técnico, político, democrático e social pode ter contribuído com a propagação da insegurança nacional comtemporânea? Como que, amarrado dentro de suas próprias convicções de liberdade, igualdade e fraternidade, o Brasil tem prendido na prática seus cidadãos no medo de serem a próxima vítima da criminalidade em ascensão? Ou mesmo, como que contribuímos diariamente para que surjam novos adeptos de práticas criminosas e atos infracionais?

A resposta para todas essas perguntas não pode vir de modo superficial e simplista. O perfil atual da sociedade e os padrões culturais taxativos de outrora vem sofrendo grande mudança. O cidadão contemporâneo aspira por um novo modelo de segurança que atenda as expectativas do século XXl. Daí, pois, a necessidade do estudo sistematizado e em conjunto com as diversas frentes teóricas aliada a vivência da prática educativa, socioeducativa e relativa a realidade da segurança pública em âmbito nacional, juntamente com outros setores da sociedade civil e diferentes órgãos governametais.

Nesse espectro, a Segurança Protetiva veio contribuir para a formação do cidadão brasileiro e segue em sintonia com o artigo 144 de nossa Carta Magna que preconiza a Segurança Pública como direito e responsabilidade de todos. Dessa forma, elevamos o entendimento a um novo patamar transcendendo concepções simplistas e esclarecendo o papel impressindível do cidadão do novo milênio no despertar de um nova visão teórico-pragmática relativa a segurança, sociedade, educação e desenvolvimento humano. Esse é o cerne de nossa doutrina e o objetivo de nossa missão."

Marcio Saldanha
Enviado por Marcio Saldanha em 24/02/2018
Reeditado em 24/02/2018
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