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Perdeu a festa do Neymar, em Paris? Console-se comigo, leitor amigo. Eu também perdi e justamente a de Gisele e de Tom Brady, que foi cancelada em função da derrota dos Patriots para os Eagles, na decisão do Super Bowl. E lá nos States as comemorações costumam ser mega-eventos. Só que desta vez, primeira na história, teve que ser do outro lado. Lá foi que se deu o tom... E a Gisele precisava tanto dessa vitória, pois justamente, ou injustamente, havia perdido, em 2017, o título de top-model mais bem paga do mundo, após quinze anos sucessivos em primeiríssimo lugar. E foi perder logo pra uma daquelas meninas que ficam pintando as unhas e fazendo selfies o dia inteiro...e ainda viraram mote de cinema...

O Neymar, unha de fome que é, levou só cinquenta convivas do Brasil. Não quer exagerar e correr o riso de ser mão aberta demais, como foi o Cabral com a sua turma. Demais, não foi financiado pelo Errário... Palmas para o menino de ouro do PSG, cujos diamantes auriculares só não refulgiram mais do que seus olhos diante do monumento de sua paixão, a Marquezine.

Por cá, o brilho ficou todo por conta das movidas pre-carnavalescas, em que se destacou a Preta Gil, sobretudo quanto teve diante de si a colossal Pabllo Vittar, que vinha de sapecar um beijo frontal no DJ Diplo, que correu mundo - e fundo.

Menos conforto, contudo, parecem estar experimentando os proponentes da reforma da Previdência, com simulações que ficam ainda bem abaixo dos necessários 308 votos para a aprovação na Câmara dos disputados e desfru(s)tados. E justamente por causa dessa reforma, o Presidente teve que cancelar uma visita a Portugal que ao menos dar-lhe-ia (assim, mesoclisticamente) uma oportunidade de espairecer da pesada rotina de serviço que lhe impõe até mesmo encontros noturnos, extra-agenda, nos porões do Jaburu. E logo a Ministra de Valois, que peticiona em causa própria, é que vem dizer que anda submetida ao trabalho escravo...

As meninas das pistas que açulam nossas vistas e animam os pilotos às conquistas já não vão mais ser vistas na Fórmula Um. Ao gaudigozo das feministas contrapõe-se a ojeriza mortal das ninfas que cumpriram com brio e até bem certo desvario essa tão nobre quanto inócua função - ou não? Lá se foi seu ganha-pão, pelo menos no tocante à exploração da beleza da mulher. E também Freud haveria de explicar: com essa tsunami de denúncias de assédio, para alguém, ao cabo e ao rabo, iria sobrar... Ainda bem que nosso correto Rubinho já não está mais nas pistas, pois chegando, de hábito, e de ordem, atrás do alemão era o mais suscetível de ser pego com a botija à mão...

Os principais campeonatos de futebol europeus, com exceção ao da Itália - que este ano está fora da Copa do Mundo, grazie ai tutti santi del cielo - estão mostrando uma característica bem curiosa, tal como sucedeu com o Corínthians no Brasileirão do ano passado: os líderes estão talmente desgarrados do resto do pelotão que a continuação do torneio, ainda nos primeiras rodadas do segundo turno, parece uma rotineira formalidade: PSG, de Neymar, na França, Barcelona de Messi, na Espanha, e Manchester City, de Aguero, na Inglaterra, estão léguas à frente de seus contendores e só a realização de uma profecia Renato Portaluppiana do despenque é que iria alterar esse quadro. O Corínthians chegou a dar uma balançada, mas voltou a se firmar e se assenhoreou do caneco... Os gaúchos são bons mesmo é para uma condenação antecipada, sobretudo de um cabeça-chata que ouse ir além duma cachaçada. Menas verdade, confrade? E aí é que mora-dia o perigo...de o Brasil achar-se dono e juiz do impróprio umbigo...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 05/02/2018
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