A TERRIVEL MORTE DO FILHO AMADO... TODOS OS CULPADOS TEM QUE PAGAR.

A TERRIVEL MORTE DO FILHO AMADO...

TODOS OS CULPADOS TEM QUE PAGAR.

A notícia chega aos seus ouvidos como um soco na boca do estômago, seu filho amado morreu vitima de um bandido viciado, que ao tentar assalta-lo disparou o tiro fatal, sem qualquer chance de reação. Seu filho está morto.

O ódio toma conta totalmente de seu ser. Era sobre isso que você tanto alertava as pessoas, de que somos vitimas desses bandidos, de que precisamos nos armar, que essa é a solução para combater essa violência, mas os idiotas não te escutavam e agora seu filho está morto.

Você começa a caçada. Sangue nos olhos. Dor no coração. Culpa do desarmamento. Somente bandido tem armas. Somos vitimas do desarmamento. Bandido bom é bandido morto. Voce vai vingar seu filho. Todos os culpados pela morte dele vão morrer... É uma promessa feita sob o túmulo do filho, e você SEMPRE cumpre suas promessas.

Após dias de procura finalmente encontra o bandido, chapado em uma sarjeta. Olha aquele lixo humano. Agride, espanca, machuca. Mas nada consegue aplacar a mescla de dor e ódio em seu coração. A promessa tem que ser cumprida. TODOS os culpados pela morte do seu filho tem que pagar com a VIDA.

Após um cruel e torturante interrogatório consegue descobrir de onde veio a arma que ele usou para matar seu filho. Ele roubou a arma de um vizinho que mora a duas casas da sua. O marginal morre agonizando. Sua sede de justiça ainda não está saciada. O irreponsável do seu vizinho teve a casa arrombada e por culpa dele seu filho agora está morto. Ainda há sangue a ser derramado.

Você invade a casa do seu vizinho. Um ódio cego pulsa descontrolável dentro de seu peito. O ritual de espancamento se reinicia em um novo culpado. Ele então confessa que teve a arma roubada pelo Viciado. Mas então diz algo que faz voce parar por um momento. Ele fala entre soluços e súplicas que o único motivo de ter aquela arma foi por ter ouvido você tantas vezes falar a ele e a outros tantos da necessidade de se armar.

Foram inumeras as vezes que você disse isso: “Temos que nos armar para ficarmos mais seguros!”, repetia isso tantas vezes que toda a vizinhança estava se armando. Sua eloquência e aparente domínio sobre este assunto foram tão convincentes que seu vizinho resolvou aderir a essa cruzada e ter uma arma, para se sentir protegido. Ele nunca imaginou que sua casa seria invadida e que um marginal roubaria a arma para matar alguém. Ele se ajoelha a seus pés e pede perdão, mas morre mesmo assim.... A Promessa é um compromisso que não pode ser quebrado.

Agora somente restava um culpado. O ciclo que fechou. A responsabilidade pela morte de seu filho, de seu amado filho chegou até você. Suas convicçõs e palavras armaram várias pessoas. Uma dessas pessoas foi inconsequente o suficiente para se deixar roubar por um delinquente que usou essa arma para matar seu filho (quantos outros inconsequentes, imprudentes, negligentes, dementes, existiriam por aí armando bandidos?).

Seu filho está morto e os culpados tem que pagar ... Todos.... Promessas são dívidas... Tanto sangue... O cano frio de sua pistola em contato com a própria pele... Todos... A arma destravada... O dedo pressionando o gatilho... TODOS...

(Autor: Antonio Brás Constante)

Antonio Brás Constante
Enviado por Antonio Brás Constante em 27/01/2018
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