NOTAS SOBRE A MÁ-DIPLOMACIA

Celso Amorim, que foi Ministro das Relações Exteriores ao longo de boa parte da infausta era petista, fez questão de se fazer presente em Porto Alegre, ontem, para prestar apoio e demonstrar lealdade ao bandido Lula da Silva.

Esse ato, vergonhosamente protagonizado pelo ex-Chanceler da República, responsável à época pela formulação de nossas diretrizes de Política Externa, é emblemático e muito esclarecedor: ajuda-nos a compreender por que o Brasil se aproximou tanto, durante aqueles anos diplomaticamente malditos, de países como Venezuela, Cuba e afins; explica, também, por que o Brasil passou a bajular tiranetes e a financiar, direta ou indiretamente, governos de extrema-esquerda mundo afora, muitos dos quais indisfarçavelmente ditatoriais.

De qualquer modo, hoje é reconfortante ver Lula como um condenado prestes a ir para a cadeia, e, ainda que eu não simpatize com o atual titular da pasta, saber que o ideologicamente corrompido Celso Amorim já não dirige - e provavelmente jamais voltará a dirigir - o Ministério das Relações Exteriores. Afinal, como disse recentemente o diplomata veterano Rubens Ricupero, quando a diplomacia se mistura com a ideologia, o que surge é, invariavelmente, uma má-diplomacia.