PENSAR PARA AGIR
[...] E até porque nenhum ser humano vive sem ter sua própria filosofia, seja ele letrado e/ou iletrado, em qualquer parte do mundo, isso independe do sexo, do grau escolar, da religiosidade, se rico e/ou pobre, bem como de qualquer etnia e/ou raça [...].
Francisco de Paula Melo Aguiar
Nos últimos instantes do último mês do ano 2017 li o livro: “Filosofia para quem não vai ser filósofo”, de autoria de Luis Fernando Munaretti da Rosa (Tomo Editorial). A obra é uma interessante leitura para qualquer leitor iniciante e/ou até mesmo já iniciado na leitura. Achei o tema e o miolo da obra algo que desperta o interesse do leitor em conhecer o seu conteúdo para se ter uma visão sobre o antes, o durante e do depois na cabeça do leitor principiante e/ou já principiado em conhecer a Filosofia que ajudará arquitetar o desenho da vida humana, racionalmente falando.
E até porque nenhum ser humano vive sem ter sua própria filosofia, seja ele letrado e/ou iletrado, em qualquer parte do mundo, isso independe do sexo, do grau escolar, da religiosidade, se rico e/ou pobre, bem como de qualquer etnia e/ou raça.
Na realidade o livro aqui analisado genericamente representa uma obra pensada para atender a toda e a qualquer pessoa que venha se dá conta sobre o tema enfatizado e/ou Filosofia para quem não é filósofo, inclusive para aquelas pessoas que não tem interesse pessoal e/ou até mesmo acadêmico de fazer um curso de graduação e/ou de seguir e/ou caminhar e/ou viver no ramo do conhecimento filosófico, enquanto profissão universalmente conhecida. Trata-se de fazer e/ou não fazer carreira na atividade profissional filosófica.
O autor do referido livro é um jovem sonhador no sentido de pensador que já era destacado dentre seus colegas na vida acadêmica e atualmente é referencia para seus alunos e não pupilos, nos bancos escolares. Na realidade a leitura da obra é atraente da primeira a última linha de seu conteúdo simples e esclarecedor, principalmente na hora em que a juventude em todos os níveis de ensino das últimas décadas pouco e/ou quase nada tem lido a respeito de Educação Moral e Cívica; Organização Social e Política Brasileira; e Estudos de Problemas Brasileiros..., isso na realidade do Brasil, o que também não é tão diferente no resto do mundo, uma vez que a juventude vive e convive lutando para adquirir e/ou escolher condutas e/ou comportamentos modernistas e/ou contemporâneos, algo do tipo fashion. Assim sendo, os pais devem ter cuidado especial com seus filhos e suas "companhias e/ou amigos" no enfrentamento da crise simbólica que vivemos, principalmente nas escolhas dos filhos onde as aquisições tidas como "fashion": ter o corpo siliconado, lipoaspirado e/ou cheio de piercings e/ou tatuagens, enquanto Pedagogia de consumo e não de educação e instrução para a vida enquanto objetivo estruturante e fundamental do ser humano. Assim sendo, o interesse pela coisa pública enquanto cidadão, fica para depois, isso é caminho andado para a implantação direta e indireta de maneira despercebida do “estado de corrupção” e até porque, isso parece feder mais não incomoda...
É por aí que tem inicio, meio e fim de outro tipo de primado da cidadania nacional em cada Estado soberano. Sem uma boa leitura e sem indicação e motivação inicial processual, embora apenas de caráter didático e/ou pedagógico, tentativa inicial e gradual para quem quer compreender e ser compreendido pelos demais serem ditos humanos, em qualquer visão da realidade humana. Isso porque a leitura poderá moldar a conduta humana para melhor e/ou para pior, uma vez que a Educação por si só não mudará o mundo, porém, ela tem a força de moldar e mudar as pessoas que mudam o mundo em todos os aspectos formais e informais.
Em última análise, o livro mencionado tem linguagem acessível comprometida sem deixar de lado o rigor científico conceitual nela inserida, etimologicamente falando, uma vez que os caminhos apontados para reflexão trilhados e/ou percorridos pelos chamados filósofos clássicos, como por exemplo.: Platão, Pitágoras e Sócrates, verdadeiros fundadores e/ou inauguradores da Filosofia Ocidental que atualmente ainda é assim concebida e/ou compreendida como o período áureo da Filosofia, diante da imensa contribuição de tais pensadores. É inegável que as obras de tais pensadores antes mencionados, representam a base fundamental de toda Filosofia, desde a Idade Média, Renascentista, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Isso representa uma verdadeira revolução e avanço do pensar filosófico no mundo dos seres humanos, por isso se deve pensar para agir. É desse tipo de leitura que falta aos alunos do Ensino Médio ao Ensino Universitário do século XXI, porque a cidadania sem pensamento e reflexão se torna “massa” e massa não tem visão própria de mundo, uma vez que é levada pelo “mito” “religioso” e/ou “político” a tomar decisões hilariantes e emocionais de grandes conseqüências para tudo e para todos, seja no sentido positivo e/ou negativo que nada vem oferecer de bom para a humanidade.