AtOalidades
Já perdeu força - pelo menos na grande imprensa - a revelação obtida por delação de que sete constritoras cartelizam as mega-obras do setor de transportes no país. Será o espírito natalino, prevalecente até o carnaval, y mucho más allá?
O libertador Mendes deve estar com uma carteira de pedidos que dificilmente deixará de tirar-lhe o sono, e muito menos a concentração sobre como servir o peru. O tempo urge, e o leão ruge. O próprio Peru servil, serviu-se do exemplo brasileiro, ao manter seu Presidente Kaczynski no cargo, após comprovação de que recebera o tutu fodebrechtiano. É o peso da influência externa do Brasil. Talvez tenha tido peso igual o temor de nova ascensão fujimoralista ao poder. E como cá o povo vai sempre compreender, lá, con mucha grasa, El Cóndor pása...
E embora profundamente crentes no criacionismo que se aprende em suas escolas, onde Darwin é heresia, os americanos não deixam de fuçar o universo. E enquanto não dão de cara com o Criador, contentam-se em caçar OVNIs. O orçamento para esse tipo de atividade, mantido sob o véu e réu do sigilo, é monstruoso. E ainda não há sequer uma fotografia, um ruído, u´a marca convincente de que os alienígenas existam - anão ser na chefia de seu governo. E furiosa e curiosamente, são ex-astronautas que se enveredam, quando não enredam, essas convicções.
Felizmente não iniciamos nossa era espacial. Os ensaios feitos até o presente nos colocam atrás da Coréia do Norte. E da Mongólia, empanando o orgulho de sermos pátria do Père da l´Aviation. Mas tudo poderá se equacionar quando a heróica Embraer passar a fazer parte da Família Boeing. O assunto é polêmico o suficiente para desestimular não-entendidos a opinar. Com a cabeça nas nuvens eu vejo duas possíveis saídas para o imbroglio: a empresa vai faturar mais, ganhar mais espaço no mercado internacional da aviação, ou vai receber fim idêntico ao da história de Delmiro Gouveia, o Canudos de nossa luta pela industrialização.
Quem mais aguenta a invasão - e consequentemente, ingestão - de panetones... ou o porre da Cereser...? Uma vez, no Canadá, descobri o egg-nog - a gemada, acondicionada em caixinhas, feito o Longa Vida, essa composição que tem pelo menos a cor do leite. Encantei-me com egg-nog, que aparecera, como do nada, na época do Natal. Mas exagerei na dosagem, e a mera lembrança, de coisa de mais de 30 anos agora, dá-me engulhos. Também tenho que admitir que já entrei de muito nessa proclamada categoria da melhoridade. E para a qual, basta um gilmar para tudo liberar...