AtOalidades

Dada como poule de 10 para desembarcar do trem de Mixéu, a Ministra dos Dinheiros Humanos, Luislinda de Valois resiste bravamente. Verdade que ela já se queixou em entrevista à imprensa do regime escravagista a que se vê imposta, trabalhando mais de 12 horas por dia, sem ao menos um adjutório tipo vestuário condigno e adereços embelezantes. E tudo por míseros trinta e um mil e tantos mangos. Judas passou Jesus para frente, ou para trás - dependendo do ângulo que se olha - por trinta dinheiros e um beijo. Mas também isso é coisa de dous mil anos e se esse valor for atualizado pela equipe do Meirelles, que acrescerá o seu ágio, pode bem estar ainda abaixo do que a Ministra ora percebe.

O apoio explícito - e outras explicitudes também - de Trump não foi suficiente para derrotar um candidato Democrata ao Senado norte-americano, no ultra-conservador e arcaico estado de Alabama. Pesaram contra os Republicanos as denúncias e acusações formais de assédio, de desrespeito à mulher, e como o eleitorado feminino é majoritário, mais alto falou quem tem ovário, que indignado, quer expelir o salafrário.

A vitória Democrata foi bem apertada, mas bastante significativa contra um Presidente incumbente que, ordinariamente, mente.

E no entanto, Trump tem apoiadores de peso. Sobretudo na mídia conservadora e conversadora que é extremamente poderosa nos Estragos Unidos e alhures. Corre pelas midias sociais um rosário de virtudes desse Governo, que se proclama defensor de sua nação e de seu povo - sem a preocupação da inclusão, social, étnica ou ética mesmo.

A sua decisão de anunciar o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel tem implicações que vão bem além do aparentemente singelo confronto do bem e do mal, entre defensores da chamada Terra Santa e palestinos exilados em seu próprio território. As vantagens militares, estratégicas e hegemônicas dos chamados Eleitos sobre os depostos são acachapantes e têm o apoio incondicional da maior potência mundial. E diante desses elementos tão assimétricos é que se coloca o desafio da convivência e de uma eventual solução de dois-Estados para o atual conflito.

E o anúncio precipitado e triunfante de Trump, de imediato, reacendeu protestos de oprimidos e seus simpatizantes que já vem rendendo dividendos de destruição e repressão. Shalom e Salam Aleikum, primos de sangue e de testamento ainda parecem longe de se apertarem as mãos - enquanto Kalashnikovs dialogam...e esperanças de paz se afogam...

E diante da ameaça de ataque ao arsenal norte-coreano, Kim, o mandatário já terceiro - e talvez derradeiro - de sua dinastia, ameaça e meio respondendo ao ainda verbal tiroteio, prometendo transformar seu país em verdadeira putência nuclear. Que mais, a dois destrambelhados em seus altos brados, se pode imputar?

Cabral e Adriana são novos universitários, habilitados pelo ENEM. O curso do ex-Governador do Rio será o de História, logo ele que mudou o curso da história, grassada pela epidemia da corrupção e, destarte, sua contribuição como pesquisador de si mesmo é ansiosamente esperada.

O casal, que em torno de um anel já fez espúria aliança, tem tudo pra reabilitar sua imagem e o fará com galhardia sobretudo se acolhido por uma universidade pública, pois esse negócio de mensalidade - tanto para mensalão como para mensalina - não tá fácil pra ninguém.

Aliás, o que não se pode esperar, é o julgamento de Lula em segunda instância. Se passar do carnaval, o bicho estará solto e, aí, quiçá nem o Bolsoignaro o segurará. Que os temerosos do Malignácio peguem no terço e debulhem as contas. O tempo urge e o leão ruge. Só a plebe, abúlica, é que nem muge.

Mengo e Independiente se digladiam logo mais pela glória de Libertadores. A raça irá, sem jaça, se assenhorear da taça? Hagan sus apuestas, señores... Por una cabeza se separan los gloriosos de los perdedores...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 13/12/2017
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