O Antissemitismo na Alemanha: o passado e o presente

Neste fim de semana, em Berlim, imigrantes muçulmanos organizaram protestos de cunho extremista contra Israel. Da turba radical que vociferava com sanha assassina, ouviram-se frases como as seguintes: "morte aos judeus", "esquartejem os judeus" e "mandem os judeus de volta para as câmaras de gás". Evidentemente, o fato de isso ter acontecido em plena capital alemã confere ao ocorrido uma atmosfera de horrendo déjà vu: a lembrança do pesadelo nazista se torna inevitável, assim como a comparação entre os radicais nazistas de outrora e os radicais islâmicos de hoje. Aliás, o ponto em comum entre o Nazismo e o Radicalismo Islâmico sempre foi o mesmo: o ódio mortal aos judeus.

O curioso, que acaba parecendo uma sinistra ironia do destino, é que ao mesmo tempo em que tentava se livrar da mácula histórica do Nazismo, a Alemanha moderna possibilitou o ressurgimento de uma forma extremada de antissemitismo em seu território, graças à adoção de políticas multiculturalistas próprias da agenda esquerdista contemporânea, segundo as quais é preciso abolir as fronteiras nacionais em nome da "diversidade". De fato, o ódio aos judeus, por lá, ressurgiu na exata proporção em que as fronteiras do país foram escancaradas à imigração em massa de muçulmanos.

Em suma: se no começo do séc. XX o antissemitismo manifestava-se, na Alemanha, sob o signo nazista da suástica, neste começo de séc. XXI o mesmo antissemitismo manifesta-se, em terras teutônicas, sob o signo islâmico da lua crescente.