O vereador Francisco das Chagas de Sousa – Chaguinha (PTB), apresentou na quinta – feira, dia 30 de novembro, durante sessão realizada na Câmara Municipal de Picos, o Projeto de Lei que proíbe atividades pedagógicas que visem à reprodução do conceito de Ideologia de Gênero na grade de ensino da rede publica e privada do município de Picos, e nas escolas estaduais. De acordo com o parlamentar, “é fundamental que se possa manter a existência do sexo feminino e masculino, sem que haja nenhum transtorno psicológico na formação da sexualidade”. Ele recordou que “desde os primórdios existe uma compreensão de que as pessoas se manifestam como seres humanos do sexo masculino e do sexo feminino”. Chaguinha, concluiu sua fala fazendo um apelo aos seus pares no sentido de contribuírem com a aprovação do projeto, que segundo ele, recebeu várias manifestações de apoio do povo Picoense.

Na quinta feira, dia 07 de dezembro, o Projeto de Lei foi colocado na pauta para ser votado, no entanto, atendendo solicitação do vereador Wellington Dantas (PT), que pediu vistas ao projeto, a votação foi adiada. Está previsto para segunda feira, dia 11 de dezembro, às 09 horas da manhã, na Câmara Municipal de Picos, um debate entre as parte interessadas, tendo em vista, o fato de que os movimentos cristãos defendem a formação humana e familiar tal qual como conhecemos, enquanto a comunidade LGBT e seus apoiadores discordam e defendem que a Ideologia de Gênero é a premissa irrenunciável para as próximas gerações deixarem de ser oprimidas. Em tese, supõe-se que somos uma geração de oprimidos, ‘assim como foram às gerações dos nossos antepassados’. Pela lógica revolucionaria da Ideologia de Gênero é preciso botar abaixo toda estrutura perversa existente, e a família original é uma dessas estruturas.

AGENDA DE GÊNERO

A Agenda de Gênero, redefinindo a igualdade é um resumo da obra de Dale O’Leary, onde ela narra de forma objetiva e clara as investidas de grupos militantes que participaram nas Conferências da ONU sobre População, realizada no Cairo, em 1994 e sobre as Mulheres, realizada em Pequim, em 1995. Logo no inicio a autora revela que “sem alarde ou debate, a palavra ‘sexo’ foi substituída pela palavra ‘gênero’”. Dale afirma que esses grupos “pretendem alcançar seus fins não por uma confrontação direta, mas através de uma mudança no significado das palavras”. E porque recorrer a ONU para emplacar o gênero? Simples! ‘A guerra cultural em que estamos inseridos, é uma batalha de ideias, e a ONU possui os recursos e o prestigio para promover a Agenda de Gênero junto aos lideres mundiais, às crianças em idade escolar e aos meios de comunicação’, afirma Dale. Para Dale O’Leary a ‘perspectiva de gênero’, adotada na Conferência de Pequim, com recomendação para ser incorporada em todo programa, em toda política, e em cada instituição publica e privada, deveria ao menos, informar ao publico sobre a natureza da Agenda de Gênero.

No entanto, afirma a autora, “A Agenda de Gênero navega nas comunidades não como um navio elevado, mas como um submarino, determinado em revelar-se tão pouco quanto possível”. Embora as discursões a respeito da ‘perspectiva de gênero’ seja puxada invariavelmente por grupos feministas, LGBT e afins, não é difícil perceber que existe por trás grupos ativistas com interesses bem distintos: (1) os controladores populacionais; (2) os libertadores sexuais; (3) os ativistas dos direitos gays; (4) os multi-culturalistas e promotores do politicamente correto; (5) os extremistas ambientais; (6) os neo-marxistas progressistas; (7) os pós-modernistas desconstrutivistas. Trocando em miúdos, quem financia (paga) para que estes iluminados estudem dia e noite e tracem as mais desonestas estratégias para atingirem estas causas? Entre as principais estão: Fundações MacArthur, Ford, Noyes, Turner etc...

É notório um constante apelo desses grupos militantes, aos direitos humanos, sempre tentando justificar suas decisões numa perspectiva de atender os menos favorecidos.  Há este respeito, Dale O’Leary recorda que “os Direitos Humanos são padrões que responsabilizam a todos, mas eles não podem ser expandidos para servirem a agenda ideológica”. Ela cita Dom Renato Martino, delegado da Santa Sé nas nações Unidas, durante a conferência de 1994, onde ele faz ‘uma distinção entre os direitos humanos reais, que são inerentes à pessoa, e as tentativas de manipular a ideia de direitos humanos’:
 
“Atualmente existe uma tendência a acreditar que foi a sociedade que formulou os que são conhecidos como direitos humanos. Entretanto, os direitos humanos são tais exatamente porque eles são inerentes à dignidade da pessoa humana. Uma sociedade pode reconhecer ou violar direitos humanos, mas ela não pode manipular a existência dos direitos humanos, já que estes direitos precedem o próprio Estado”, Dom Martino.

Aqui é apresentada apenas uma ideia do caminho percorrido por esses grupos e movimentos, para alcançarem a política, o judiciário, a educação, às igrejas, os meios de comunicação social, com um simples propósito, que fica cada vez mais evidente quando procuramos entender à ‘incorporação da perspectiva de gênero’, ‘análise de gênero’, ‘aspectos de gênero’, ‘conceito de gênero’, ‘sensibilidade de gênero’, ‘papeis de gênero’, etc. Na época, quando questionada sobre uma definição para a palavra gênero, a coordenação da Conferencia da ONU a definiu assim: “Gênero refere-se às relações entre homens e mulheres com base em papeis socialmente definidos que são atribuídos a um ou a outro sexo”. Por sua vez, a feminista Bella Abzug declara: “O significado da palavra gênero evoluiu e se diferenciou da palavra sexo para expressar a realidade segundo a qual o status e os papéis das mulheres e dos homens são socialmente construídos e passíveis de modificação”. Diante das pressões para que fosse dada uma definição a palavra gênero, os funcionários da ONU, finalmente, assim a definiram: “gênero não tem definição, e não necessita de tê-la”. Se você quer entender o perigo da ideologia de gênero, o resumo do livro de Dale O’Leary é uma excelente fonte. Segue o link para você baixar o arquivo em PDF e continuar pesquisando sobre as reais intenções dos que defendem a agenda de gênero: Clique AQUI

Outras fontes relacionadas

A Origem Da Ideologia De Gênero


Agenda de gênero, uma agenda bem programada!

Sexo ou gênero?


A ideologia de gênero e o Estado totalitário

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

O ano de 2014 foi de intensos debates sobre a inserção ou não da Ideologia de Gênero na educação brasileira. E o resultado final, foi que tanto a Câmara dos Deputados com o Senado Federal ELIMINARAM todas as alusões a respeito do gênero. No entanto, como que num passo de mágica, ‘o Fórum Nacional de Educação, publicou, em novembro de 2014, o Documento Final da Conae 2014, no qual é apresentado como terceira diretriz obrigatória para o PNE, para o planejamento e para as políticas educacionais no Brasil, o texto que havia sido explicitamente REJEITADO pelas duas casas do Congresso Nacional:
 
superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual, e na garantia de acessibilidade”, (Conae 2014).

O documento da toda poderosa Conae, ‘menciona e especifica, trinta e cinco vezes, nas suas mais de uma centena de páginas, estratégias relacionadas aos termos “identidade de gênero” e “orientação sexual”, a serem executadas como sendo de responsabilidade da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios’. E ainda acrescenta que é resultado de “passo conquistado na articulação da Educação Nacional como política de Estado resultado de profícua parceria com o Congresso Nacional e a sociedade civil” [página 08]. Assim, de forma desonesta e arbitrária, ‘o Documento Final da Conferência Nacional de Educação de 2014 re-introduz a ideologia de gênero como diretriz da educação brasileira exatamente nos termos em que foi REJEITADO pelo Congresso Nacional’. Para mais informações a esse respeito acesse o link e confira! Clique AQUI

CONCLUSÃO

É com esse modelo de “democracia”, que esses grupos e movimentos estão avançando nos últimos anos. Com púlpitos reservados na política, no judiciário, na educação, nas igrejas e nos meios de comunicação, cada um a seu modo, tenta obstruir todas as iniciativas que apontam para o centro da dignidade humana, que é exatamente a valorização da pessoa como ela foi pensada, desejada, criada e amada por Deus: Homem e Mulher, que ao se unirem em matrimonio geram filhos e formam uma família. É por essas e outras razões que devemos apoiar e aprovar o Projeto de Lei que proíbe Ideologia de Gênero no ensino publico e privado de Picos.

Por fim, recomendo que você faça a lição de casa, ligue para o vereador que você votou e exija que seja firme em sua posição e que em hipótese alguma permita que a Ideologia de gênero entre nas atividades pedagógicas, seja do município ou do estado, seja do ensino fundamental ou médio. Essa é uma missão de todos que tem família e que amam suas famílias. Lembre aos seus parlamentares que o discurso dos que defendem a Ideologia de Gênero pode ser bonito e atraente, no entanto, não basta se encantar pela embalagem, é necessário conferir a origem e a finalidade do produto. E pelo pouco que foi relatado neste artigo, é possível concluir que por trás das iniciativas desses movimentos, que se auto intitulam-se defensores da mulher, dos homossexuais e das crianças, podem ter tudo, menos a defesa da pessoa humana. Faço minhas as palavras do escritor Peter Kreeft no livro ‘Jesus o maior filosofo que já existiu’ quando diz:
 
“Na história mundial, nenhuma cultura que abraçou o relativismo moral sobreviveu. Portanto, nossa cultura ou será a primeira a fazer isso e a refutar a lição mais clara da história, ou persiste neste relativismo e morre, ou arrepende-se de seu relativismo e vive. Não há outra opção”.
 
Segue o link com o nome dos vereadores que estão no exercício do mandato em Picos.

Vereadores da 18ª Legislatura
 
Daniel Jorge
Enviado por Daniel Jorge em 09/12/2017
Reeditado em 09/12/2017
Código do texto: T6194269
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.