Um certo Roberto...?
Desde que um sósia seu, lá pelos miados e latidos dos anos sessenta, arrebatou-lhe a flama e a fama do ieieiê, nosso Roberto Carlos entregou-se, devassamente, a duas paixões: o amor, ao lazer, e ao carteado para o ócio preencher.
E, ao contrário daquele usurpador capixaba, não precisou empenhar sua garganta sob os holofotes para fazer sucesso junto ao exponencial e exigente e cada vez mais crescente fã-clube. Usou foi o bas-fond dos salões iluminados à media luz para mostrar que nas bravatas e cartas era mesmo jogador de truz.
Tampouco recorreu àquele ritmo alucinante, do calhambeque aos carrões, para impressionar a juventude e conquistar corações, enquanto, sem ato falho, compulsava o baralho. Vandecas e outras sapecas era tudo uma questão de xererecas...até sem merrecas...
E muito menos ainda apelou para a tricologia para manter suas madeixas naturais, lisas ou encaracoladas, caprichadas e cobiçadas para topar todas as paradas...Um henê aqui ou acolá foi todo o segredo que houve e que há...
E já há anos, sem ter que se empetecar para globalizar como sói com o sósia, toda vez que mais um Natal se aproxima, é com as sandálias da humildade que esse certo Roberto sai a praticar suas noelices, seguido por uma matilha-batalhão de cães vadios que vão disputando as iguarias que vai jogando rua afora - uma brasa, mora!