Avançar ou retroagir no perfil do político

Tenho feito alguns artigos políticos onde comento a crise política e tudo que estamos vendo no seu desenrolar. Quando posso, assisto a TV Senado, e fico a observar os políticos fazendo suas oratórias, quando entram neste assunto fico muito atento nas falas da oposição e dos governistas. É claro que os governistas preferem nem entrar neste tema porque sabem que desenvolver este assunto para eles é perder ponto, mas de vez em quando se sentem muito criticados e ameaçam se defender.

Os governistas sempre tentam desviar o foco da discussão, no entanto a posição insiste e cada vez mais municiar a procura de munições para manter o assunto em pauta. Neste sentido acho muito positivo porque o assunto mantém vivo e os eleitores vão ingerindo este engodo e assim, para as próximas eleições o eleitor como sabemos em sua maioria vota emocionalmente, irá cassar estes que insistem em manter em seus cargos.

Que a pizza já está pronta e muitos estão comendo não há duvida. Mas o que me causa indignação são os cassáveis ficarem neste embromo, enrolando para que alguns não veredictos possam ocorrer, mas como disse, eles não estão se dando conta, que todo este teatro somente agem contra eles mesmo. As manobras feitas pelos governistas tem colaborado para a posição e para a sociedade.

Dias atras assistia a oratória do senado Almeida Lima, onde como oposição fazia seu discurso dirigindo sobre a recente pesquisa, onde mostrava que a popularidade do presidente havia melhorado, parado de diminuir e ameaçando um crescimento. Onde de certa forma trouxe uma inconformidade para ele e acredito que para muitos, como eu.

Um governo que até o momento tem se mostrado ser um dos mais corruptos, que tem feito de tudo, usado todas as praticas possíveis para manter-se dentro da corrupção é lamentável que ainda possa ter uma aprovação dentro destes percentuais.

Que tenha feito varias realizações! Tudo bem, afinal algumas obras é necessário que alguém que esteja no poder tenha que apresentar a sociedade. Realização de obras, melhorias é uma obrigação natural do poder executivo. O país, um estado, um município sempre caminha para frente nestas questões. Qualquer presidente, governador, prefeito deixará suas marcas, suas realizações materiais, estruturais, e algo, mesmo que este seja corrupto. Temos um exemplo claro Maluf, em São Paulo, pode-se falar o que quiser dele de negativo, mas não pode negar que ele é um realizador de obras. É importante dizer que nestas realizações feitas ele estará sempre beneficiando seja politicamente, seja economicamente.

O que devemos levantar questão é que, realizações não bastam, pois ela acontece seja qual pessoa esteja no governo. O que uma parte da sociedade espera de seus representantes é ética, é honestidade, é a conduta e o gerenciamento dos bens e recursos que uma nação produz. E para isto somente podemos ter plena confiança no político se apresenta estas qualidades.

Como podemos acreditar num governo se ele é corrupto? Você deixaria sua casa por responsabilidade de alguém que tem o habito de roubar? Você empresário, emprega alguém que saiba que rouba? Qual é um das primeiras virtudes da pessoa, não é a honestidade?

Dentro desta visão é que devemos eleger candidatos, não pelas suas pequenas ou grandes realizações que possam vir a fazer, mas pela sua ética, honestidade, pelos valores natos e empíricos.

Depois de décadas a sociedade redescobriu estes valores fundamentais para um político, vimos isto claro quando baniu da vida publica certos políticos, e se caso Lula consiga vencer as próximas eleições ou políticos que estiveram com ele na corrupção sejam vitoriosos, estamos retornando esta realidade antiga. Onde a ética, a honestidade, a transparência passam a ser secundaria ou sem importância para a vida publica.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 21/10/2005
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