O mundo paralelo da literatura

(Texto criado originalmente como debate para o Fórum I da disciplina de Leitura e Produção Textual, do curso de Letras Inglês/EaD UFPI)

O exercício da leitura é a chave para uma dimensão paralela, um mundo paralelo que somente aqueles que leem têm acesso. A visão de mundo de uma pessoa que não lê (porque não sabe ou porque não quer ler) é totalmente diferente da pessoa que possui hábitos de leitura. Quando eu digo ler, não é ler só aquilo que seja imprescindível no dia-a-dia, ler por uma necessidade imediata. Refiro-me à leitura por prazer, ler para buscar o encantamento que uma bela história pode nos proporcionar.

Às vezes me pergunto: como deve ser a visão de mundo das pessoas que não sabem ler? Ver esse mundo cheio de signos e não saber os seus significados? Por isso acredito que há dois mundos distintos em um só: o mundo das pessoas que leem e o mundo dos que não leem.

Não é exagero. Uma pessoa que adquire o gosto pela leitura, principalmente se for iniciado na infância, cresce e adquire uma visão de mundo diferenciada, consciente de suas faculdades e da capacidade autocrítica e reflexiva. Ler é ter a chave que dá acesso a essa nova dimensão de conhecimento e reconhecimento do mundo que as outras pessoas não enxergam, pois não sabem fazer a leitura desse mundo.

A leitura tem o papel fundamental de nos tornarmos homens e mulheres conscientes de nosso papel na sociedade, de enxergarmos por trás da literalidade das letras o verdadeiro significado do mundo. É poder viajar e conhecer o mundo mesmo sem sair de casa. É viajar ao passado para entender o presente e imaginar o futuro (ajudando a criá-lo).