PAGAR O MAL COM BEM

Pagar o Mal com o Bem

O preceito " pagar o Mal com o Bem ", como todos os outros benevolentes que envolvem a nossa evolução, encontra refrigério à alma ainda inferior, na aplicação da Lei de Amor (expressão mais pura da Lei de Deus) em nossos atos diários.

Mas esse preceito benévolo, como tantos outros, revelados na Moral do Cristo e nos Ensinos Espíritas, ainda é muito pouco aplicado como um salutar sentimento no meio social em que vivemos, no qual, " o mal que se pratica à outrem, é quase sempre devolvido com o mesmo mal ".

E mais: o mal praticado, mesmo sendo nocivo, vingativo e destrutivo, fruto da lei imperfeita do " olho por olho, dente por dente ", é visto como um bem, na verdade é um falso bem, uma vez que, longe de ser um bem moral, tem o suporte pesado, malévolo do ódio, do orgulho e do egoísmo, males até então, tão usuais entre nós, que entravam o desenvolvimento moral de nossa humanidade.

Todavia, se esse mal, que é produzido pela imperfeição temporária da alma humana, Deus permite praticá-lo, é para que, em nossa simples ignorância moral transitória, possamos experimentá-lo tanto quanto misturado ao bem, com o fim de, à medida que diminuimos o mau uso do livre arbítrio e aumentamos o seu bom uso, possamos distinguir melhor " o que é joio do que é trigo ", para que, o pagar o mal com o mal, seja substituído aos poucos pelo pagar o mal com o bem.

Ora, sabemos que, fazermos o bem para quem nos faz o mal, ainda não é o ponto exato de nossa melhoria, mas já é o bom caminho que precisamos seguir, para deixarmos que nos prevaleça o fazermos o bem em prol do bem.

Além disso, ainda nos condicionamos a uma vivência existencial impura, expostos, portanto, às mazelas, aos sofrimentos, aos infortúnios, às duras expiações provacionais, deixando que as condições materiais corpóreas efêmeras, predominem sobre as condições espirituais incorpóreas eternas, deixando obviamente, que os defeitos dominem muito as nossas virtudes, o que nos impossiblita nessa primeira etapa evolutiva, de amarmos uns aos outros, do jeito sublime como nos pede o Cristo.

Nesse caso, se ainda não sabemos amar de modo fraterno, o nosso próximo, os nossos amigos, como sabermos amar os nossos inimigos, como também nos pede o Amado Mestre Jesus? Na verdade, tanto o Mestre Nazareno como os outros Espíritos que nos são Puros e Superiores, nos dão a receita basilar, através dos seus ensinos excelsos, de como devemos substituir os defeitos pelas virtudes, as impurezas pelas purezas morais, o amor impuro pelo amor puro, mas sabem eles, bem melhor que nós, como vozes puras e superiores dos ceus (porque também já passaram pela mesma aprendizagem) que, respeitando o livre-arbítrio de todos, o Criador nos estabelece a evolução que vai sendo feita de ciclos, de etapas, de caminhadas paulatinas, até que se alcance, cada um, a seu tempo e hora, o pleno evoluir, que consiste na depuração intelectual e moral pretendida por Deus a todos nós.

Desse modo, por esse princípio, se todos não evoluem ao mesmo tempo, significa que uns vão avançar e outros estagnar em suas pretensões progressistas. Torna-se oportuno, então, deduzir-se que nem todos nós (ou uma parte de nós) irão fazer parte da Nova Era Regenerativa ou da Ascensão Planetária Terrestre que se avizinha, simplesmente porque, não estarão vibrando na faixa dimensional renovada que a Terra irá experimentar, dando um salto considerável em sua qualidade de vida, tanto no aspecto físico como moral.

Como na casa do Pai há muitas moradas, pela desencarnação, uns vão migrar (decerto já estão migrando) para orbes mais inferiores que a Terra, devendo nessa estagnação interina, reaprender os ensinos morais que os colocarão em condições de juntarem-se de novo aos que aqui estiverem regenerados.

Enquanto isso, os que forem escolhidos pelo mérito das boas transformações morais que fizeram às suas consciências, poderão sim, desfrutar do alívio da vivência fraterna afetiva entre amigos, porque não haverá o incômodo, o desconforto de terem inimigos, uma vez que o amor, como um bem comum, asssim como as demais virtudes, estarão prevalecendo, como um estado inalterável de bom sentimento, em suas vidas sociais regeneradas.

E é por isso que, fazendo um esforço de melhoria existencial pela reforma íntima, devemos não só, amarmos os nossos amigos, mas também os nossos inimigos, como nos pede o Cristo, porque todos nós somos filhos do mesmo Pai Celestial, que nos ama incessante sem distinção, exercendo cada vez mais: " o pagar o Mal com o Bem ", para que, mais adiante, possamos fazer o Bem pelo Bem em nossas vindouras reencarnações, como habitantes regenerados (encarnados e desencarnados) na abençoada escola terrestre moralmente melhor.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 23/10/2017
Código do texto: T6151259
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