MEU PAI, MEU LÍDER

Hoje, revendo a biblioteca de meu pai falecido, encontrei o seu livro “Acorda Brasil, tu és a Terra da Santa Cruz”. Foi o último livro que escreveu em vida, já quase com 90 anos de sabedoria e lucidez. É um livro de fervor patriótico e religioso, no qual alerta os leitores para a corrupção e desmandos políticos dos últimos governos socialistas, arrastando o País para o caos em que hoje nos encontramos e o desvio da rota cristã, própria de nossa formação, com o advento de leis pagãs. Comecei então a reler o livro, desta vez como quem lê um livro de orações. Em determinado momento, repleto de admiração, exclamei: “Meu pai era um sábio. Que falta nos faz.” Quanta determinação, empolgação, conhecimento e idealismo expressava em cada palavra. Era categórico ao escrever que a terra descoberta sob o signo da Cruz, no Cruzeiro do Sul e sua implantação em nossa terra, toscamente construída e reverenciada pelos descobridores, estava sendo afastada de sua origens e trilhando caminhos contrários às leis de Deus; e que só homens verdadeiramente comprometidos com a civilização cristã poderiam nos recolocar na rota original. E fazia um apelo para que tais homens surgissem e alavancassem o País. Thomaz Lodi, meu pai, faleceu sem ver isso acontecer. Mas nos deixou a Esperança, virtude teologal, como grito de alerta. Pouco antes de falecer me entregou um bom número de exemplares de seu livro para distribuir entre meus amigos de fé. Não queria que a sua obra terminasse nele. Descanse em paz, meu pai. Carrego comigo a sua fé e esperança.