O "PROBLEMA" E O ESTRESSE EM EXCESSO

Nem todo problema contido no bojo de determinada sociedade é válido para o indivíduo em particular.

Pois alguns destes tipos de conhecimentos, bem tecidos e amarrados, podem fazer a pessoa sofrer sem saber que há várias saídas, ou melhor, não fazer perceber que este problema "tão complexo", por viés da dúvida, muita das vezes, não existe, e é pelo sujeito acreditar que realmente exista, que tudo pode se tornar pior, por consequência de uma não analise perceptiva da real situação.

Alguns tipos de problemas, não possuem eficácia absoluta para o todo, isto é, não são regras, necessariamente, incontestável para todos os indivíduos. Pois, pode haver variações e deve existir, por que senão, teríamos todos os mesmos pensamentos e modos de vidas iguais. Que chato, não seria? Já pensou?

Porém, se a pessoa internaliza, absorve este conhecimento para determinar tal problema, sem ao menos questionar, acreditando firmemente nas consequências deste, ou continuar acreditando que não possa existir outra alternativa, realmente não poderá haver outra saída, pois cada Ser tem o potencial e autoridade suficiente para decidir ou não, seu próprio caminho. E, embora procurar ajuda em outros seja fundamental, no entanto uma decisão sempre será uma vontade intimamente pessoal, salvo exceções que, poderá ser contra esta vontade, mas isto não vem ao caso, entre tanto, também tenha seu lado suave, de como melhor se lidar.

Por conseguinte, não existe ninguém incompetente diante ao problema, e sim enfraquecido. Pois com frequência, colocamos todo grau de culpa no outro, afirmo que falhamos por muitas das vezes, pois por tantas, é nós que aceitamos determinadas coisas como elas realmente são, sem questionar se aquilo é verídico, ou benéfico para nós.

Por consequência, formamos uma espécie de armadilha em nosso cérebro, que se movimenta como uma espécie de detector, que trabalha dependente dá não reação de outras pessoas, como exemplo; imaginar que outros não se importam conosco, que estão nos desprezando, que estão pensando mal ao nosso respeito e entre outras. E, portanto, não passam de ficções cognitivas, que nos colocam ao tempo todo na defensiva. E, assim, à intuição, às vezes nos prega algumas peças, pois ainda ninguém, pelo menos que conheça, aprendeu a ler à mente humana.

No trecho abaixo uma elucidada explicação da Psicóloga Marilda Novaes Lipp:

Atualmente, a palavra estress aparece em muitos lugares e quando se fala em estress se pensa logo na tensão do trabalho. É verdade que um ambiente tenso no trabalho cria estress, porem outras situações também podem ser geradoras de tensão, como por exemplo, o nosso modo negativo de pensar, querer ser perfeccionista, querer ter controle sobre tudo ao nosso redor, querer que todos gostem ou admirem o que fazemos e o modo como interagimos com as pessoas.

Interagir com os amigos e com outras pessoas é muito importante e o ser humano deve se esforçar um pouco para fazer e conservar amizades pois isto torna a vida mais fácil e alegre. No entanto é fundamental que a pessoa saiba dizer não, que saiba defender os seus direitos e expressar os seus sentimentos de modo adequado: nem calando e aceitando tudo o que o outro diz, nem brigando e se alterando. O ideal é saber dizer não com tranquilidade (Marilda Novaes Lipp, Psicóloga, Diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress).

Algumas das hipóteses (problemas) elaborada pelo social/cultural, embora tenha incidências em alguns caso, seus fatores não estão comprovados de forma absoluta cientificamente, de sua validade no espaço, de aplicação para o todo, de maneira irrefutável. Por tanto é plausível uma visão diferente, esta, na qual pode ser o ponto de partida para perceber o que é prejudicial, e desancorar a inércia em face aquilo que causa o extremo estress. Pois criamos uma espécie de bolha imaginária, e agimos conforme o limite desta, que nos envolve e nos deixa em zona de conforto desconfortável, pois julgamos tudo que não faz parte desta bolha, a não ter o mínimo de importância, pois se presume que irá nos prejudicar e tememos aos desconhecido sem conhecer.

Contudo, segundo estudos citados pelo órgão americano National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), revela que "sem uma certa dose de estress, ninguém chegaria a lugar nenhum. Só que o perigo de esgotamento, ou burnout, é real."

Logo, a questão também é saber quando o estress excessivo diante ao problema ajuda e quando prejudica. Porque pode ser a causa responsável por acarretar uma série de doenças no organismo.

Toda via, nem toda roupagem de conceitos ou pré-conceitos, ou certas determinações em resolver, verificar ou expor um problema, deve ser de uso obrigatório ao indivíduo, pois a peça poderá vir extremamente apertada ou intensamente frouxa. Então, se a pessoa procurar o que mais se encaixe conforme sua natural satisfação, certamente terá uma melhora incrivelmente significativa, isto é, cada pessoa, no fundo de seu intimo, sabe o que gosta de fazer.

Por fim, assim como na Alegoria da Caverna, representada numa obra de Platão, filósofo grego, em que seres que viviam em uma caverna e acreditavam que apenas o que existia na caverna era a mais sublime realidade e verdade. Até que alguém guiado pela luz, escalou até uma saída da caverna e descobriu que fora da caverna existira um mundo belo e encantador. Como possível analogia, como por exemplo, alguém que tinha apenas uma forma de ver o mundo, sem buscar à verdade, então esse resolve buscar o conhecimento e descobre coisas magníficas e passa a viver em um estado bem melhor do que estava antes.