Reciclagem é uma piada
Diariamente, políticos, governantes e órgãos ambientalistas, bombardeiam a população com recomendações, propaganda e avisos para que o lixo seja separado por categoria para depois serem reciclados por empresas especializadas.
Desde os primeiros anos de escola as nossas crianças são incentivadas a proceder ecologicamente protegendo a natureza e os animais e no seu dia a dia evitar jogar papéis e outros resíduos nas calçadas e locais públicos.
Para os adultos são campanhas educativas sobre a forma de separar o lixo produzido nas residências, indicando que a separação deve ser por tipo de resíduo e colocado em recipientes de cores diferentes para cada tipo de material.
Embora haja até dez categorias de resíduos as principais são: Papel e papelão que devem ser acondicionados em recipientes de cor azul. Vidros e derivados que devem ser colocados no recipiente de cor verde, os plásticos no recipiente de cor vermelho, os resíduos de metais que devem ser acondicionados no recipiente de cor amarelo e os resíduos orgânicos no recipiente de cor marrom.
Até aqui tudo bem, pois tanto as crianças quanto a população tem seguido razoavelmente as recomendações dando destinação correta e separando os resíduos que produzem, mas não se engane, pouco ou quase nada do que você separa é realmente reciclado, pois a seqüência da coleta seletiva desse material até hoje nunca foi seguida a risca pelas empresas encarregadas da coleta de lixo.
Ora, se o povo separa o seu lixo por categoria, as empresas coletoras deveriam ter no mínimo cinco caminhões coletores também identificados pelas cores dos resíduos que recebem. Mas como isso não acontece, a população separa o lixo e as empresas coletoras levam tudo, no mesmo caminhão, para os lixões a céu aberto e na maioria das vezes descartados em outros municípios.
Outro dia, uma empertigada senhora aspone, dizia em uma entrevista que “a população só quer se ver livre do seu lixo” não importando para onde esse lixo vai, como se a população fosse também responsável pela coleta e destino do lixo. Ora, é evidente que se a população paga para a prefeitura recolher o lixo o problema deixa de ser seu e passa a ser da responsabilidade da prefeitura ou das empresas coletoras por ela contratada, inclusive, a própria reciclagem, que raramente acontece.