Jesus o Cristo
Quem foi Jesus, porque o complemento Cristo, onde Ele esteve dos doze aos trinta anos e porque os Evangelhos nada falam sobre os Essênios? O Jesus homem, sua relação com as pessoas, a escolha dos apóstolos e as Marias que o acompanharam durante a sua vida, especialmente sua companheira Maria Madalena?
Até hoje milhões de cristãos em todo o mundo e muitas religiões continuam fazendo estas mesmas perguntas, sem, no entanto, obterem informações convincentes.
Para tentar esclarecer alguns desses mistérios sobre a vida de Jesus, recorremos a várias fontes apócrifas como O Evangelho Gnóstico de Tomé, de Erminio C. Miranda. Maria Madalena a Noiva no Exílio, de Margaret Starbird. O Código da Vinci, de Dan Brown. Jesus dos doze aos trinta anos, de Francisco Klors Werneck. O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago, e encontramos no Novo Testamento muitos indícios de que essas fontes podem ter alguma razão.
Como a história do nascimento e da vida de Jesus até os doze anos é do conhecimento de todos vamos contar o que houve com Jesus logo depois de Ele haver sido apresentado no Templo onde passou horas discutindo o Velho Testamento com os doutores da lei.
Antes de dar prosseguimento a essa controvertida história temos que separar o Jesus do Cristo. Calma, calma, já vamos explicar. O Jesus é homem carnal filho de José e de Maria e, portanto, humano. Já o Cristo é o espírito pré-existente filho de Deus, encarnado no corpo de Jesus, e confirmado no batismo no rio Jordão.
São José, com sua primeira esposa chamada Débora, teve cinco filhos: Tiago, Matias, Cleofas, Judas e Eleazar. Depois de alguns anos de viuvez, José casou-se com Maria, com a qual teve mais sete filhos: Jesus, Efraim, Simão, Elisabeth, André, Ana e Jaime. Assim, Jesus, é primogênito, que quer dizer, o primeiro de outros filhos que Maria teve.
Mas vamos dar seqüência a história de Jesus. Depois de comprovar a extraordinária inteligência do Menino israelita, os doutores do templo o enviaram para a escola primária na comunidade dos Essênios que habitavam no deserto meridional da Judéia, nas proximidades do monte Serbal, onde existia uma magnífica biblioteca de obras ocultas e que era dirigida por José de Arimatéia parente de Jesus.
O jovem israelita permaneceu na comunidade essênia até aos dezenove anos, quando abandonou ocultamente o mosteiro, e numa caravana de mercadores tomou o caminho das Índias para estudar as leis dos grandes Budas.
Com os sacerdotes brâmanes, conheceu os vedas, o sânscrito e outras doutrinas religiosas. No Nepal viveu entre monges budistas com quem aprendeu as parábolas, botânica e Terapêutica. Aos vinte e dois anos, foi para o Egito, que foi sempre um dos grandes centros de guarda dos mistérios do mundo, aí foi iniciado como discípulo da sublime Logia que fundamenta todas as religiões. Na Grécia, se aperfeiçoou na filosofia e em ciências.
Aos vinte e seis anos foi para a Pérsia, na Caldeia aprendeu astronomia e astrologia. Aos vinte e nove anos volta à sua terra Israel onde re-encontra seus irmãos e irmãs, e conheceu novas pessoas. Andando pelas cidades e praias das redondezas, Jesus dizia que tinha uma missão a ser cumprida e convidava muitas pessoas para fazerem parte do seu grupo.
Assim, ao contrário do que muita gente pensa, os homens chamados por Jesus, para colaborarem na sua missão redentora, não foram somente aqueles doze, nossos velhos conhecidos. Na verdade, e embora não citados nominalmente, a convite do Mestre, mais de uma centena de homens, inclusive algumas mulheres, o seguia e colaborava ativamente.
Numa primeira fase, poderíamos denominar essas pessoas de convidados, visto que o Mestre, “pescava” um aqui, outro lá e muitos atendiam ao seu chamado. Na segunda fase, como aprendizes da Doutrina, todos os que o acompanhavam tornaram-se discípulos, pois que discípulo é o aluno e seguidor. Para confirmar que muitos serão chamados e poucos os escolhidos, “Ao amanhecer, (Jesus) chamou os seus discípulos e escolheu “doze” entre eles aos quais deu o nome de apóstolos ”.... (Não podemos esquecer que apóstolo quer dizer mensageiro, arauto ou enviado)....Desceu com eles e deteve-se num lugar plano, onde havia um numeroso grupo de discípulos seus e grande multidão de gente. Lc 6-l3,17.
É bom que se diga que os homens, agora denominados apóstolos, não foram escolhidos por sua escolaridade nem tampouco por serem pobres, pois alguns deles, até eram, como se diz, bem de vida, a escolha se deu, pelo grau de evolução dos seus espíritos. Na ordem foram escolhidos: Pedro ou Simão, João o evangelista, também conhecido como Boanerges, Tiago (I), André, Felipe, Tomé o incréu, Bartolomeu, Mateus o Levi (cobrador de impostos) também evangelista, Tiago (II), Simão o cananeu, Judas Tadeu, e Judas Iscariotes, que mais tarde, foi substituído por Matias.
Entre as diversas mulheres que acompanhavam de perto os passos o Mestre estavam Maria sua mãe, Maria de Betânia e Martha irmãs de Lázaro, Salomé e outras. Contudo, não se pode negar que a mulher mais importante, tanto na vida pessoal, quanto como colaboradora foi Maria de Magdala mais conhecida como Maria Madalena.
Por ser uma mulher rica, Maria Madalena era quem custeava as despesas de Jesus e das pessoas da família que o seguia, mas por ser a preferida e amada de Jesus, Maria Madalena sofria o despeito dos demais apóstolos principalmente de Pedro e de Tomé que não admitiam que Jesus confiasse seus segredos e temores a uma mulher.
De qualquer forma, como Maria Madalena esteve presente nos principais acontecimentos da vida de Jesus, alguns escritos sugerem, por exemplo, que as bodas de Caná onde aconteceu o primeiro milagre foi na realidade o próprio casamento de Jesus com Maria Madalena, fato esse que devia ser ocultado para evitar que a esposa e os possíveis filhos pudessem ser perseguidos e mortos.
É bom que se esclareça que Maria Madalena, nada tem a ver com a mulher pecadora, nem com a mulher adultera citada nos Evangelhos. Tanto é verdade, que a Igreja Católica, depois de havê-la tratado como prostituta por centenas de anos, reabilitou a imagem de Maria Madalena elevando-a a condição de Santa.
A história de Maria Madalena e da sua descendência a partir da filha Sara na França está muito bem contada por Dan Brown no seu livro O Código Da Vinci de cuja passagem extraímos o seguinte resumo:
Se olharmos com atenção a mais conhecida obra de Leonardo da Vinci veremos que a pintura original da chamada Santa Ceia, não tem nenhum cálice, cada um bebe numa espécie de tigela. Além disso, no lado direito do Mestre, está uma mulher e não um homem. Ora, se não existiu um cálice, também não existiu a instituição da eucaristia católica e essa mulher que está ao lado do mestre, entre os apóstolos, só pode ser Maria Madalena.
Por outro lado, o Evangelho de São Marcos afirma que Jesus era descendente dos reis Davi e Salomão e, portanto herdeiro da coroa de Jerusalém que estava sendo disputada entre os doutores judeus que não queriam ver Jesus no trono.
Tanto é verdade que Pilatos o governador romano, lavou suas mãos e entregou Jesus para o sumo sacerdote judeu Caifás que o condenou com uma inscrição na cruz, I.N.R.I. Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
Já, Maria Madalena, não era uma mulher comum, descendia da tribo de Benjamin e tinha sangue real. Madalena é citada dezessete vezes nos Evangelhos e Felipe em seu evangelho escrito na língua copta, se refere a ela como companheira que poderia ser também esposa de Jesus.
A má interpretação dos textos sagrados e muitas vezes a falha na tradução ajudou a formar uma falsa imagem de Madalena que estaria grávida quando da crucificação.
Logo depois da ressurreição, José de Arimatéia, que era tio de Jesus, mestre e sacerdote Essênio, guardião e protetor da família, conduziu Madalena para Gália na França onde ela deu à luz uma menina chamada Sara. Da sua descendência se originou a estirpe sagrada denominada sangral ou sangre-real, conhecida na história como Merovíngia, dinastia francesa que reinou nos primeiros séculos da Idade Média.
Embora a igreja tenha conhecimento desses fatos sobre a vida terrena de Jesus, era e é de suma importância, até para a sobrevivência da igreja como instituição, evitar que todos soubessem ou saibam que Jesus havia deixado descendentes.
Para manter esse segredo, no inicio, a igreja procurou eliminar os poucos descendentes de Jesus na França. O primeiro foi Dagoberto, rei merovíngio, assassinado por um conluio com o Vaticano, o qual deixou o trono para seu filho Sigisberto.
O Rei francês Godofredo de Bouillon, sucessor de Sigisberto, com medo e para proteger os membros da dinastia divina, fundou em 1099 a sociedade secreta Priorado de Sião, também conhecida como Fraternidade, cujo objetivo era proteger a família real da perseguição de que vinha sendo vitima.
Mas, com o passar dos anos o aumento da descendência dos membros da linhagem divina que já se mesclava com os plebeus, não justificava nem seria possível manter a proteção das várias famílias que já se espalhavam por toda a Europa.
Como as perseguições também já não surtiam efeito a igreja passou a concentrar seus esforços apenas em manter o segredo sobre a história da descendência da linhagem divina. Para manter esse segredo a igreja destruiu ou mandou destruir os documentos que fizessem referencia a vida terrena de Jesus e escondeu em seus porões os documentos mais importantes.
De qualquer forma, os achados arqueológicos de Qumram, Nag Hamadi e muitos outros textos apócrifos antigos e posteriores fazem referencia possíveis herdeiros como os Suniéri, Sinclair, Grall e outras.