Morte do amor
No dia primeiro de abril do ano de 1980, eu escrevia e o Jornal Última Hora do Rio de Janeiro publicava artigo intitulado “Morte do amor”, como segue:

“Uma pena ter que escrever dizendo que o amor está morrendo. Como seria bom ver todos amando a qualquer momento e em todos os lugares. Pena ter que escrever dizendo que a violência e o crime substituíram o amor (...) De repente me vieram as seguintes interrogações: - Será por que a mulher pleiteia o direito de igualdade? Será a aglomeração nas grandes cidades é que está levando o homem a esquecer do amor?
De súbito volto para o meu interior e começo a imaginar a possibilidade de se construir cidades-mordomias, cobertas e protegidas por mármores com ar refrigerado natural vindo dum jardim florido de felicidade. Nessas cidades, nos postes de energia ou em qualquer coluna de sustentação um alto-falante a tocar as musicas do Rei em AM/FM e ver todos felizes, mas numa felicidade sem igual, como a que sinto agora.de repente me ocorre a ideia de o governo conter a migração interna, (...) Enfim, meu objetivo aqui é falar de amor, esse assunto me desperta sentimentos nobres (...) se o amor existisse entre nós não haveria violência nem crime.
Depois da Segunda Guerra Mundial propagou-se o amor por todas as regiões. Viu-se que a guerra não levara a nada. Viu-se também, que só com amor se poderia construir a paz. Havia notado que no inicio da década de 1970, o amor começara a morrer e no final daquele ano de dor, o descaso com o amor se intensificara. Falavam-se que o Brasil tinha que deixar de ser um país romântico. Querem tirar sua característica para implantar a violência e o crime!
Não se distingue quem é quem pela aparência, esquecendo entretanto que o bem não pode sair por ai se mostrado. O amor está nas palavras e nos gestos dos homens. Para que o amor volte a reinar, temos que resolver nossos problemas, assim novos tempos iremos viver".