QUASE PERDÃO
PALAVRAS DE VIDA
Pastor Serafim Isidoro.
MEIO PERDÃO / QUASE PERDÃO
“Para que tenhais INTEIRO galardão.” – “Anlá misthón plêrê hapolabête.”
“Acautelai-vos para não perder aquilo que já temos recebido com esforço, mas para receberdes COMPLETO galardão”. – II Jo. 8.
Foi em um desses dias de agosto de dois mil e dezessete, que encontrei um fraterno que, entusiasmado quis contar-me a façanha do seu “perdão” a alguém que lhe fizera muito mal a ele e à sua família. Citou até o nome do personagem, dizendo que o tal o procurara arrependido, pedindo-lhe perdão. Depois de mostrar ao devedor da má ação o quanto prejudicados ficaram ele e os seus, finalmente acrescentou-lhe a esperada frase: Eu te perdô-o.
Um Pastor não é um Padre, mas o dito irmão quis confessionar o ocorrido, para que se soubesse o quão cristão ele o é. Os judeus levam em alta conta as ofensas sofridas e clamam, quase sempre, por justiça da “Pena de Talião: Olho por olho; dente por dente”. Achou-se o irmão referido muito satisfeito e tranquilo pela ação praticada.
Quando pude falar, depois daquela sua longa e detalhada história, deixei-o surpreso com minha conclusão. Nem sempre o indivíduo sente-se gratificado em haver perdoado alguém. Parece-lhe necessitar do aplauso de alguma pessoa, principalmente de um Pastor ou clerico. O moço rico que veio ao Senhor Jesus dizendo do cumprimento das exigências da Lei ficou surpreso e retirou-se triste porque o Mestre lhe disse: ”Falta-te uma coisa”..
Algumas pessoas têm se aproximado do cumprimento das exigências da Lei Divina, mandamentos e ensinamentos de Jesus, o Senhor, mas não o bastante e o completo da verdade Dele. A alguém o Mestre dissera: ”Não estás longe do reino céu”.
Ao meu irmão perdoador respondi: “Você, de fato, não perdoou ao teu devedor”. Espantado e perplexo pela minha declaração, ele retrucou: “E não perdoei por que?”...-Tive que ensinar-lhe que o verdadeiro perdão que deve sair do ÍNTIMO do coração – palavras do Mestre – esquece o ocorrido para nunca mais mencioná-lo. A Israel o Senhor disse em Is. 1.18: “Vinde, pois e arrasoemos; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve”...
E a neve branca cobre toda a sujeira que estava no solo e ninguém mais a vê. Descortinar o mal que o infortunado indivíduo lhe fez, repetir a história, é como arrancar o defunto da sepultura com todo o seu mau cheiro...
Isto não é completo perdão.Perdão demanda esquecimento da dívida.
Só Jesus!
O Pr. Honoris Teologia, D.D. Serafim Isidoro oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê:
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