A GRANDE MÍDIA E SUA INDIGNAÇÃO SELETIVA
Nicolás Maduro, o tirano da Venezuela, conduziu sua nação ao caos e à miséria completa em nome do ‘Socialismo Bolivariano’. Suas tropas têm trucidado o próprio povo: centenas de pessoas foram mortas, apenas neste ano, pelo simples fato de protestarem contra o regime. Além disso, Maduro tem tentado, de todos os modos possíveis e imagináveis, calar e atemorizar a oposição: de fato, políticos oposicionistas têm sido arbitrariamente presos, sequestrados e torturados (alguns deles já foram, inclusive, mortos). O último passo, nesse sentido, foi a organização de uma Constituinte totalmente fraudulenta, com a clara intenção de perpetuar-se no poder.
Alguma vez vocês ouviram ou viram um jornalista da grande mídia chamando o socialista Nicolás Maduro daquilo que ele é, ou seja, de EXTREMISTA? Alguma vez vocês notaram essa mesma mídia associando-o à EXTREMA-ESQUERDA? Muito provavelmente, não.
No entanto, sempre que falam de Donald Trump, esses mesmos jornalistas não hesitam em associá-lo – de modo ridiculamente descabido – a uma suposta “Extrema-Direita”, muito embora não haja absolutamente nada em sua postura como presidente que justifique ou abone essa classificação.
Por que isso acontece? Por que essa indignação seletiva por parte desses (pseudo) profissionais formadores de opinião? A resposta é simples: a imensa maioria dos jornalistas compõe-se de simpatizantes – quando não militantes – da Esquerda. Desse modo, Trump, sendo um líder associado à Direita, é merecedor de todas as críticas e acusações – por mais esdrúxulas e descabidas que sejam. Maduro, no entanto, por mais lunático e facínora que seja, é um líder da Esquerda, um companheiro de luta ideológica, e por isso é preciso “pegar leve” com ele. No máximo, admite-se dizer que há na Venezuela uma “crise”, sem explicitar que essa crise foi causada diretamente por Nicolás Maduro e seu antecessor (e mentor), Hugo Chávez.
Essa postura de vergonhosa leniência da grande mídia para com os esquerdistas é estranha, mas não imprevista: ela é tão-somente a concretização, no âmbito jornalístico, da estratégia da 'Tolerância Libertadora', como preconizada pelo teórico marxista Herbert Marcuse ainda em meados do século passado: “Toda tolerância para com a Esquerda, nenhuma para a com a Direita”.