A jornada mais calma é aquela que navegamos em nossas profundas águas de introspecção....
Esse reecontro é uma intensa guerra marcada por conspirações psicológicas. Traz em sí as marcas de uma história incompleta, as vertigens de inúmeras ilusões e o temor por algumas coisas perdidas no futuro... É certo que o homem que ousa trilhar uma jornada interior é o mais rico dos homens e o maior apostador de si mesmo... Com nunances que oscilam entre medos e certezas, a jornada se inicia com um anoitecer brusco e denso, jamais com a aurora diante do nosso caminho. É uma escuridão que imprimimos em nossas faculdades, como se dela rompesse todos os monstros que assolam e gemem na soturna caminhada.... Já na aurora, milhas depois, temos o vislumbre das feridas, das marcas e roupas rasgadas pelos ataques sofridos na noite que passou....
Agora somos iluminados pela consciência e o "Eu" começa a se recolher, tolhendo-se em forma de uma condensada gota em em meio ao oceano de saberes e conhecimentos que logo à vista podemos desvelar. Quem sou e como estou são questões que atingem o ápice, e no desnivel de nossa maturidade ainda informe, vão em ondas por todo o trajeto, ora pleno de gozo, ora, cheio de vazios... mas o que é a construção, senão uma desconstrução de si mesmo? A jornada mais calma é aquela que navegamos em nossas profundas águas de introspecção.... (Sekher Fidelis, para Marcia Valéria.... (Terapeuta e minha amiga)