Complexo Histórico e Turístico Feliz Lusitânia - Belém - Pará
INTRODUÇÃO
Entende-se que muito mais motivador e prazeroso é conhecer a história das cidades por meio da história de seu patrimônio histórico.
Assim, este trabalho tem como objetivo identificar, de forma sucinta, os elementos constituintes do patrimônio histórico de Belém do Pará, conhecido como Complexo Histórico e Turístico Feliz Lusitânia.
Para os elementos com volume maior de informações e que seja compensador seu acréscimo, os trataremos em abordagens individualizadas em publicações posteriores.
A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS HISTÓRICOS
Os centros antigos das cidades, por nos remeterem às origens, às raízes, aos surgimentos das cidades, têm fundamental importância histórica e sempre atraem tanto seus munícipes como turistas.
A capital do estado brasileiro Pará, Belém, que já passou de seus quatrocentos anos de fundação, não poderia deixar de planejar e organizar seu mais antigo centro.
Feliz Lusitânia foi a denominação usada por colonizadores portugueses para identificar o núcleo inicial do município de Belém. Esse foi o mesmo nome escolhido, para identificar o coração do Centro Histórico de Belém.
FELIZ LUSITÂNIA NA BELÉM DO SÉCULO XXI
Atualmente, Feliz Lusitânia é complexo histórico e turístico, que reforça as origens ibéricas e ameríndias, situado no centro histórico e região mais antiga de Belém, o bairro da Cidade Velha.
O complexo não só reata o povo às origens no encontro na cidade de suas memórias, como é grande atração turística.
O complexo Feliz Lusitânia é constituído dos seguintes elementos do patrimônio histórico da cidade de Belém: Forte do Presépio; Praça D. Frei Caetano; Catedral Metropolitana de Belém; Palacete das Onze Janelas; Museu de Arte Sacra; e Ladeira do Castelo.
FORTE DO PRESÉPIO
Não só berço da cidade de Belém, mas da colonização da Amazônia.
Construído por Castelo Branco em 1616 para proteger a Amazônia dos invasores holandeses e franceses.
Possui dois circuitos expositivos: o circuito externo, “Sítio Histórico da Fundação de Belém”; e o circuito interno, “Museu do Encontro”
Através desses circuitos expositivos, acompanham-se os processos culturais, sociais e militares nos quais o forte e sua área de entorno estão imersos.
Possui um acervo que reúne: canhões e outras armas usadas no Forte, no período colonial; cerâmicas indígenas; e outros materiais culturais recolhidos pelo sítio histórico, como moedas, porcelana e munição.
PRAÇA DOM FREI CAETANO BRANDÃO
Inicialmente Largo da Matriz, a seguir Largo da Sé e hoje Praça Dom Frei Caetano Brandão.
Localizada no bairro Cidade Velha, na cidade de Belém, foi o ponto de partida do encontro entre colonos e indígenas, assim como da colonização de Belém e interior.
Com acervo datado dos séculos XVII, XVIII e XIX, o patrimônio da praça representa, histórica e culturalmente, a sociedade belenense e, assim, impunha-se sua inclusão projeto Feliz Lusitânia.
Foi concluída em 1900. Nela, estátua de bronze, em homenagem a Dom Frei Caetano Brandão, é circundada por alamedas contornadas por canteiros de flores. As calçadas em pedra de ardósia e com palmeiras, que substituíram as mangueiras, cujas copas dificultavam a visibilidade da paisagem e arredores.
CATEDRAL METROPOLITANA DE BELÉM
A origem da catedral encontra-se na construção da primeira capela construída em 1616, no antigo Forte do Presépio, por Francisco Caldeira Castelo Branco, sendo depois transferida para o local atual.
Permaneceu como capela até 1719, quando foi elevada à categoria de Sé.
O início da atual construção foi em 1748 e prosseguiu até 1755, quando foi concluído até o arco-cruzeiro. O restante foi entregue a Landi, que deu continuidade a partir da cornija (um dos elementos do entablamento , que na arquitetura clássica era a parte superior das construções).
Por volta de 1774, o templo estava praticamente pronto.
Seu altar foi doado pelo papa Pio XI. A igreja suntuosa possui 28 candelabros ingleses de bronze e dez altares laterais.
Teve o início da sua construção por volta de 1748, sendo totalmente concluída em 1782 por Antônio Landi, após algumas interrupções.
PALACETE DAS ONZE JANELAS
Hoje conhecido como Casa das Onze Janelas é Importante marco urbanístico em Belém. Erguido no século XVIII, por Domingos da Costa Bacelar, rico senhor do engenho, para sua residência.
Em 1768, foi adquirida pelo governo do Grão-Pará e convertida em hospital militar. Teve usos hospitalares e militares entre 1870 até 2001. Desde sua construção sofreu adaptações estruturais feitas pelo arquiteto italiano Antônio Landi.
Em 2001, o espaço da Casa foi cedido ao governo do Estado para que se transformasse num museu, que veio a ser referência em arte contemporânea nas regiões Norte e Nordeste.
MUSEU DE ARTE SACRA
O Museu de Arte Sacra está presente tanto na Igreja de Santo Alexandre como no Palácio Episcopal (antigo Colégio de Santo Alexandre).
A Igreja de Santo Alexandre foi construída em estilo barroco Amazônico, pois destaca peças de arte moldadas pelos próprios jesuítas e pelos índios.
A igreja é expoente da arquitetura barroca. Tem acervo em talha, que é o esculpir na madeira, herança jesuítica.
A versão atual teve o início da sua construção por volta de 1698 e inauguração a 21 de março de 1719.
Em 1997 a Igreja foi reaberta ao público e, hoje, realiza casamentos e outros eventos pontuais.
O acervo do museu possui mais de 300 peças expostas no primeiro pavimento do palácio e no corpo da igreja.
LADEIRA DO CASTELO
Apesar de ser consenso, entre os historiadores, que a primeira rua de Belém é a Rua do Norte, atual Siqueira Mendes que liga a Praça Frei Caetano Brandão ao Largo do Carmo, é muito comum referirem-se a Ladeira do Castelo como a primeira rua.
Localizada ao lado do Forte do Presépio, ligando a Praça da Sé, atual Frei Caetano Brandão, à Feira do Açaí.
Os casarios pertencentes à arquidiocese tiveram projeto e receberam verbas no início de 2011, para sua restauração.
O projeto visava transformar aquela região abandonada em centro de ensino de gastronomia e hospedagem para alunos.
FONTES
leiaja.com;
pt.wikipedia.org; e
viagenserotas.com.br.