Precisamos de amor!

Marcos era espírita, abnegado trabalhador desta seara, envolvia-se de corpo e alma com o movimento. Dirigia reuniões, coordenava estudos, participava ativamente do trabalho assistencial.

Contudo, não obstante as suas qualidades, possuía grave limitação: a intransigência, principalmente no tocante à outras religiões. E de nada adiantava os confrades e confreiras alertarem quanto aos inconvenientes de seu preconceito, porque Marcos não admitia.

Mas eis que a vida, sempre sábia, tratou de lhe dar uma surpresa, e colocou em seu caminho uma bela mulher.

E o coração de Marcos tombou quando seu olhar encontrou com o daquela bela dama. Apaixonou-se como nunca e foi correspondido, não tardou para engatarem um namoro.

Mas a bela dama, assim como Marcos, também era engajada em sua religião. Católica, alma valorosa, ensinava catecismo e dirigia com o padre o coral da igreja.

Assim sendo, ele sempre ocupado com os afazeres do Centro Espírita, e ela sempre no corre corre com as atividades da igreja, os desentendimentos surgiram.

Marcos queria a bela dama no Centro Espírita.

A bela dama queria Marcos na igreja.

Ninguém cedia um só milímetro; a separação então foi inevitável. Mas ainda se amavam, e como amavam.

A saudade doía... Marcos chorava de cá, a bela dama de lá. Lamentavelmente dois amores desunidos pelo preconceito.

Até o dia em que se encontraram na rua por “acaso”. A emoção foi imensa, indescritível, as lágrimas brotaram, o abraço foi mágico, sublime...Era o reencontro de duas almas, não de dois corpos.

Repensaram a situação e resolveram se casar, cada um cederia um pouco em prol da felicidade de ambos.

Passaram-se 10 anos daquele momento e hoje a família conta 4 membros, e está mais unida do que nunca.

Marcos participa do trabalho voluntário na igreja que sua bela dama freqüenta.

A bela dama assiste a todas as palestras que Marcos profere no Centro Espírita.

Família unida, feliz... Marcos, bela dama e duas filhas.

A Providência Divina aproxima criaturas de credos diferentes para provar que o amor é universal ,é sentimento inerente à alma humana.

O amor do budista é igual ao do católico, espírita, protestante, ateu...

O amor é elo que conecta as criaturas umas as outras. Enquanto permanecermos desconectados do amor pelo curto circuito do preconceito, a felicidade não entrará em nosso coração.

É como diz o poeta: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. E outro poeta acrescenta: “È preciso amar as pessoas como elas são”.

Fantástico!

Todas as nossas reverências ao amor, pois é de amor que nosso mundo precisa, neste momento de transição, é de amor que precisamos.

Pensemos nisso!

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 13/08/2007
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