Palavras... escritas, ditas, sentidas!
Texto de ISR. Junho,
2017. Curitiba, Pr. Br.
É muita responsabilidade, é imensa, sim, este dom que Deus dá ao poeta, esta volúpia das palavras, este tesouro de vocábulos acumulados e nem se sabe de onde ou de quando nos neurônios eles se instalaram;
É muita responsabilidade, ter sensibilidade à flor da pele, sentir o Outro mais do que gente mesmo, saber da dor alheia, com sentimento;
É muita responsabilidade, ser tomada por palavras que gritam quando sua vontade é ouvir o silêncio, quando seu desejo é apenas estar só, quando nada mais você quer do que a solidão que também faz tão bem... e elas vem e preponderam sobre isto tudo e há você que ter que ouvi-las, dize-las e mais que tudo sê-las;
É muita responsabilidade, ao caminhar pela vida, observar o pássaro da asa quebrada e precisar falar... e ter que dizer que está tudo errado, ter que mencionar...que coisa, está tudo errado, aquilo não poderia acontecer:
É muita responsabilidade, então, lembrar do Vinicius de Morais e rememorar aquele conceito mais ou menos assim do que se foi para acabar, porque foi que fez (?);
É muita responsabilidade ouvir um apelo gigantesco das expressões de cada nota política, a cada rua esburacada, a cada som em exagero na madrugada, a cada prostituta sendo violentada sem que seu cérebro deseje isto, a cada criança abandonada em vielas da vida, a cada feto estraçalhado por um bisturi, a cada TUDO?
É muita responsabilidade doar tão intensamente o Eu, desta maneira, sentindo cada verso alheio, cada música postada e sentida, pois à pessoa em questão diz alguma coisa, cada versinho mal-acabado, cada frase onde o desejo é ser amor;
Tenho...eu a tenho....
É muita responsabilidade!!!
Texto de ISR. Junho,
2017. Curitiba, Pr. Br.
É muita responsabilidade, é imensa, sim, este dom que Deus dá ao poeta, esta volúpia das palavras, este tesouro de vocábulos acumulados e nem se sabe de onde ou de quando nos neurônios eles se instalaram;
É muita responsabilidade, ter sensibilidade à flor da pele, sentir o Outro mais do que gente mesmo, saber da dor alheia, com sentimento;
É muita responsabilidade, ser tomada por palavras que gritam quando sua vontade é ouvir o silêncio, quando seu desejo é apenas estar só, quando nada mais você quer do que a solidão que também faz tão bem... e elas vem e preponderam sobre isto tudo e há você que ter que ouvi-las, dize-las e mais que tudo sê-las;
É muita responsabilidade, ao caminhar pela vida, observar o pássaro da asa quebrada e precisar falar... e ter que dizer que está tudo errado, ter que mencionar...que coisa, está tudo errado, aquilo não poderia acontecer:
É muita responsabilidade, então, lembrar do Vinicius de Morais e rememorar aquele conceito mais ou menos assim do que se foi para acabar, porque foi que fez (?);
É muita responsabilidade ouvir um apelo gigantesco das expressões de cada nota política, a cada rua esburacada, a cada som em exagero na madrugada, a cada prostituta sendo violentada sem que seu cérebro deseje isto, a cada criança abandonada em vielas da vida, a cada feto estraçalhado por um bisturi, a cada TUDO?
É muita responsabilidade doar tão intensamente o Eu, desta maneira, sentindo cada verso alheio, cada música postada e sentida, pois à pessoa em questão diz alguma coisa, cada versinho mal-acabado, cada frase onde o desejo é ser amor;
Tenho...eu a tenho....
É muita responsabilidade!!!