"DIVISOR DE ÁGUAS NA JUSTIÇA ELEITORAL".....
Divisor de águas na Justiça Eleitoral
Capitaneados pelo ministro Gilmar Mendes, alguns ministros, talvez em sinal de gratidão a Temer, resolveram acatar recurso dos advogados do presidente, para não incluir os depoimentos de executivos da Odebrecht no processo que, fatalmente, iria incriminá-lo também, tornando assim inelegível a chapa Dilma-Temer. Depoimentos robustos que sempre caracterizaram as famosas doações de campanhas irregulares. Uma dinheirama danada, fruto de corrupção de toda ordem, legitimando a relação promíscua entre políticos e empreiteiras. Ao descartarem os elementos probatórios da manjadíssima Odebrecht, estes ministros acabam por descaracterizar um dos princípios probatórios do direito, qual seja: “Aquilo que não consta nos autos não existe no mundo”.
Vou mais além e endosso o que disse o eminente Relator: “O que se quer é que o TSE feche os olhos às provas da Odebrecht. Portanto, Srs. Ministros, continuou o Relator: “Só os índios isolados da Amazônia não sabiam que a Odebrecht havia feito colaboração premiada”.