O momento conturbado que vivemos encarece a importância de aprendermos a filtrar o mundo que entra em nossas mentes. Se não fizermos isso a nossa mente acabará sendo contaminada pelo estado geral de pessimismo, desconsolo, conformismo e até sentimentos de ódio por pessoas que sequer conhecemos pessoalmente, mas que todo dia aparecem na mídia, apontadas como responsável por alguma mazela que está concorrendo para criar esse ambiente degradante em que estamos vivendo.
Se o mundo lá fora está ruim, contaminado pela corrupção, pela falta de caráter e pela malandragem, é porque ele se degradou primeiro em nossas mentes. Deixamos que se disseminassem, em nossos espíritos, os modelos de sucesso a qualquer custo, desprovidos de ética, desvinculados de qualquer ecologia moral. Isso está patente na proliferação das igrejas evangélicas alternativas, que pregam a farsa do milagre comprado, na dinâmica dos realities shows, que propagam, de forma subliminar, o culto da malandragem e da manobra subreptícia como forma de sucesso nas relações pessoais, e principalmente no comportamento mafioso dos nossos sindicatos, partidos políticos e grupos alternativos, como os formados pelas torcidas organizadas, pichadores, e outras comunidades internautas, que se socorrem da estrutura quadrilheira para praticar seus atos criminosos.
Um mundo de altíssima qualidade de vida não depende só de condições externas, vinculadas ao mercado de consumo. Quer dizer, não é só o sucesso na vida econômica que proporciona felicidade. Aliás, é possível viver feliz com pouco dinheiro, mas essa possibilidade desaparece quando os nossos modelos internos de comportamento só nos oferecem respostas que causam desequilíbrio no ambiente em que vivemos. E isso é o que está acontecendo hoje na nossa vida política, econômica e social. Quando a noção de ética, moral, responsabilidade e compromisso com a vida humana - virtudes que dão vigor ao caráter das pessoas - são desprezadas, o caos se instala na sociedade, pois a nossa mente não opera no vazio. Ela precisa de material para trabalhar. De a ela dermos lixo, ele nos devolverá lixo processado; se a ela dermos uma boa matéria prima, ela nos devolverá produtos de alta qualidade.
Afinal, se a qualidade das nossas ações depende dos nossos modelos internos então é fácil concluir que se eles forem pobres em conteúdo ético, medíocre também será o nosso desempenho perante ás questões da vida, quando tivermos de tomar decisões que exijam qualidades de caráter. Nesse postulado está também presente a velha sabedoria dos sábios da antiguidade: o que está fora é igual ao que está dentro, diziam eles, ou seja, o mundo que construímos fora de nós é retrato do mundo que construímos dentro de nós. Da mesma forma que podemos dizer que ninguém pode ter sucesso na vida se não tiver um forte sentimento de autoconfiança dentro de si; e se ninguém adquire autoconfiança agasalhando crenças e valores limitantes, também podemos sustentar que não haverá uma mudança no comportamento ético e moral do nosso povo - e consequentemente dos nossos empresários, políticos e governantes- se os modelos internos que moldam nossa formação cultural também não forem modificados. A cultura da vantagem a qualquer custo precisa ser combatida em todas as frentes.
Assim como fracasso gera fracasso e sucesso gera sucesso (essa é a corrente de feedback que alimenta o nosso aprendizado) a virtude gera a virtude e o vício gera o vício. Tudo funciona como um circuito intermitente de informações que vai de fora para dentro e de dentro para fora de nossas mentes, simultaneamente, modelando nossas personalidades.
Não é o mundo em que vivemos que é pobre e cheio de dificuldades. E não é nele que se encontra a verdadeira causa da pobreza, da infelicidade e das desgraças que atingem a vida das pessoas. A razão de termos que conviver com esses hóspedes indesejáveis está no modelo de mundo que nós construímos em nossas mentes. As pessoas que parecem não encontrar nenhum caminho na vida são aquelas que têm dificuldade de ver, ouvir, ou sentir as possibilidades de sucesso agindo com ética e nobreza de caráter. Seus modelos de mundo são tão pobres em opções de resposta que tudo que suas mentes formulam como soluções são maneiras de enganar, iludir, ganhar sem custo nem esforço, e usufruir do mundo sem ter dado a ele nada em troca.
É preciso ensinar às pessoas uma forma diferente de ver, ouvir e sentir o mundo. O que quer dizer que precisamos filtrá-lo de acordo com certos pressupostos onde a ecologia do sistema encareça de forma especial a questão ética e a moral social, de forma que tanto o ambiente interno, do indivíduo, ou seja, o seu espírito, quanto o externo, o "ethos social", não sejam desequilibrados em resultado das nossas ações.
Nossos atuais modelos culturais contemplam o velho pressuposto marxista segundo o qual a forma pela qual ganhamos a vida (a superestrutura) determina a forma pela qual pensamos e sentimos (a infraestrutura). Isso pressupõe que é a matéria que cria o espírito e não o contrário. A conclusão é que quanto mais podre o nosso ambiente externo estiver, mais deteriorado se apresentarão os indivíduos em seu caráter. É a filosofia do hábito fazendo o monge e não o monge dando qualidade ao hábito.
Está na hora de mudarmos essa forma de pensar. Se não acreditarmos que podemos ser melhores do que somos, então estamos de fato perdidos. E aí só nos restará pedir a Deus um novo dilúvio (ou outra catástrofe qualquer) para acabar com o que existe hoje e tentar começar tudo de novo.
Mas eu não quero acreditar que o velho Marx tinha razão. Para mim está mais que provado que nenhuma matéria existiria se o Espírito e Deus não a tivesse manifestado. Assim, precisamos ter esperança, e começar uma mudança a partir de nós mesmos.
Se o mundo lá fora está ruim, contaminado pela corrupção, pela falta de caráter e pela malandragem, é porque ele se degradou primeiro em nossas mentes. Deixamos que se disseminassem, em nossos espíritos, os modelos de sucesso a qualquer custo, desprovidos de ética, desvinculados de qualquer ecologia moral. Isso está patente na proliferação das igrejas evangélicas alternativas, que pregam a farsa do milagre comprado, na dinâmica dos realities shows, que propagam, de forma subliminar, o culto da malandragem e da manobra subreptícia como forma de sucesso nas relações pessoais, e principalmente no comportamento mafioso dos nossos sindicatos, partidos políticos e grupos alternativos, como os formados pelas torcidas organizadas, pichadores, e outras comunidades internautas, que se socorrem da estrutura quadrilheira para praticar seus atos criminosos.
Um mundo de altíssima qualidade de vida não depende só de condições externas, vinculadas ao mercado de consumo. Quer dizer, não é só o sucesso na vida econômica que proporciona felicidade. Aliás, é possível viver feliz com pouco dinheiro, mas essa possibilidade desaparece quando os nossos modelos internos de comportamento só nos oferecem respostas que causam desequilíbrio no ambiente em que vivemos. E isso é o que está acontecendo hoje na nossa vida política, econômica e social. Quando a noção de ética, moral, responsabilidade e compromisso com a vida humana - virtudes que dão vigor ao caráter das pessoas - são desprezadas, o caos se instala na sociedade, pois a nossa mente não opera no vazio. Ela precisa de material para trabalhar. De a ela dermos lixo, ele nos devolverá lixo processado; se a ela dermos uma boa matéria prima, ela nos devolverá produtos de alta qualidade.
Afinal, se a qualidade das nossas ações depende dos nossos modelos internos então é fácil concluir que se eles forem pobres em conteúdo ético, medíocre também será o nosso desempenho perante ás questões da vida, quando tivermos de tomar decisões que exijam qualidades de caráter. Nesse postulado está também presente a velha sabedoria dos sábios da antiguidade: o que está fora é igual ao que está dentro, diziam eles, ou seja, o mundo que construímos fora de nós é retrato do mundo que construímos dentro de nós. Da mesma forma que podemos dizer que ninguém pode ter sucesso na vida se não tiver um forte sentimento de autoconfiança dentro de si; e se ninguém adquire autoconfiança agasalhando crenças e valores limitantes, também podemos sustentar que não haverá uma mudança no comportamento ético e moral do nosso povo - e consequentemente dos nossos empresários, políticos e governantes- se os modelos internos que moldam nossa formação cultural também não forem modificados. A cultura da vantagem a qualquer custo precisa ser combatida em todas as frentes.
Assim como fracasso gera fracasso e sucesso gera sucesso (essa é a corrente de feedback que alimenta o nosso aprendizado) a virtude gera a virtude e o vício gera o vício. Tudo funciona como um circuito intermitente de informações que vai de fora para dentro e de dentro para fora de nossas mentes, simultaneamente, modelando nossas personalidades.
Não é o mundo em que vivemos que é pobre e cheio de dificuldades. E não é nele que se encontra a verdadeira causa da pobreza, da infelicidade e das desgraças que atingem a vida das pessoas. A razão de termos que conviver com esses hóspedes indesejáveis está no modelo de mundo que nós construímos em nossas mentes. As pessoas que parecem não encontrar nenhum caminho na vida são aquelas que têm dificuldade de ver, ouvir, ou sentir as possibilidades de sucesso agindo com ética e nobreza de caráter. Seus modelos de mundo são tão pobres em opções de resposta que tudo que suas mentes formulam como soluções são maneiras de enganar, iludir, ganhar sem custo nem esforço, e usufruir do mundo sem ter dado a ele nada em troca.
É preciso ensinar às pessoas uma forma diferente de ver, ouvir e sentir o mundo. O que quer dizer que precisamos filtrá-lo de acordo com certos pressupostos onde a ecologia do sistema encareça de forma especial a questão ética e a moral social, de forma que tanto o ambiente interno, do indivíduo, ou seja, o seu espírito, quanto o externo, o "ethos social", não sejam desequilibrados em resultado das nossas ações.
Nossos atuais modelos culturais contemplam o velho pressuposto marxista segundo o qual a forma pela qual ganhamos a vida (a superestrutura) determina a forma pela qual pensamos e sentimos (a infraestrutura). Isso pressupõe que é a matéria que cria o espírito e não o contrário. A conclusão é que quanto mais podre o nosso ambiente externo estiver, mais deteriorado se apresentarão os indivíduos em seu caráter. É a filosofia do hábito fazendo o monge e não o monge dando qualidade ao hábito.
Está na hora de mudarmos essa forma de pensar. Se não acreditarmos que podemos ser melhores do que somos, então estamos de fato perdidos. E aí só nos restará pedir a Deus um novo dilúvio (ou outra catástrofe qualquer) para acabar com o que existe hoje e tentar começar tudo de novo.
Mas eu não quero acreditar que o velho Marx tinha razão. Para mim está mais que provado que nenhuma matéria existiria se o Espírito e Deus não a tivesse manifestado. Assim, precisamos ter esperança, e começar uma mudança a partir de nós mesmos.