ARTIGO – Já está passando da hora – 13.04.2017
 
ARTIGO – Já está passando da hora – 13.04.2017
 
 
Quando irrompeu a revolução de 1964, na época do governo do doutor Jango Goulart, lembro-me, perfeitamente, estava servindo ao banco na cidade de Limoeiro (PE), jogando pife-pafe na casa de um amigo, mais conhecido como Inglês, que era um dos radioamadores mais antigos do Estado. Já era quase meia-noite do dia 31.03.1964. O rádio estava ligado na emissora Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro. Evidentemente que o presidente não era comunista, mas populista, todavia a situação do país estava a merecer cuidados, uma verdadeira anarquia.

Não resta dúvida de que naquela época os militares das três forças armadas deram um basta à corrupção, demitindo o Presidente da República, e fechando o Congresso Nacional, cassando mandatos, demitindo juízes e funcionários públicos tidos como corruptos e até mesmo punindo membros, atuantes ou não, do Partido Comunista no Brasil. Greves e mais greves estouravam por todo o país, sendo necessário dar um basta naquele estado de coisas.

Não se pode mentir que deve ter havido algum excesso por parte do novo poder revolucionário, que alguns chamam de golpistas; também não se deve olvidar que houve muita baixa de militares e civis durante o período em que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica assumiram o comando da nação brasileira, cerca de 21 anos (1964 – 1985). Também não há negar que houve muito progresso nesse tempo, que aos poucos foi relaxando, até concederem a famosa anistia, que teria o significado de esquecimento para sempre de tais episódios.

E, por incrível que pareça, ainda há pessoas ressentidas que culpam as forças armadas por males que ocorreram no país, todavia se esquecem de que não fora os militares, com todas as vênias, o PT jamais chegaria ao poder, numa votação extraordinária, eis que devolvida ao povo a democracia, que significa governo do e para o povo. A partir daí as coisas começaram a degringolar, eis que o partido tinha um programa de permanecer no poder por tempo indeterminado, nunca um projeto de governo.

Lá em casa, por exemplo, ninguém fora preso ou molestado, porquanto nossa família era pobre e do bem; não havia subversivos entre nossos parentes.

Também não se pode negar que no momento atual as Forças Armadas estão pecando por omissão, porquanto a calamidade pública reinante em nossa nação tomou uma dimensão jamais vista no mundo e em qualquer regime de poder, em face da corrupção sistêmica que passou a dominar em todas as áreas da economia nacional. Claro que quase todos os partidos estão encalacrados até a alma, assim como seus altos dirigentes, deputados, senadores, governadores, pessoas físicas e jurídicas, que até bem pouco tempo tinham suas reputações ilibadas, porquanto os males eram jogados debaixo do tapete.

A meu pensar, e do jeito que as coisas andam, tenho pra mim que a Polícia Federal é pequena para levar até ao fim suas investigações, em face do pouco contingente de pessoal e até de recursos financeiros para lutar de igual para igual com gente do mal. Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal, que é composto de onze Juízes, também não terá fôlego para levar a limpo essa avalancha de processos que por lá tramitam a passos de cágado, não se podendo exigir a rapidez necessária e imprescindível ao julgamento das lides, por isso que os processos tendem a prescrever ao longo do tempo.

A solução que se afigura mais conveniente, diante de tal balbúrdia, seria a volta urgente dos militares ao poder, dando um freio de arrumação na nossa pátria querida, fazendo tudo voltar a reinar com prosperidade e respeito às leis. Depois de um período curto de uns quatro anos, novas eleições seriam realizadas, proibindo-se a candidatura de todo e qualquer político envolvido nesse esquema fabuloso de corrupção e de roubalheira do dinheiro público, ou seja, todos seriam devidamente cassados sem mais demora e sem exceção.

Quero esclarecer que não sou favorável à ditadura, nem civil nem militar, mas a democracia que o Brasil pratica, onde só se faz o que o Presidente deseja, não deixa de ser uma ditadura travestida de normalidade democrática. Uma coisa é absolutamente certa: Fossem esses escândalos promovidos num país sério, honesto e desenvolvido, esse povo já estaria na cadeia ou até sofrendo punições mais severas.

Pra falar a verdade, antigamente nós sabíamos os nomes de vários oficiais generais, especialmente do Exército; Hoje, lamentavelmente, só me recordo mesmo do nome do General Villas-Boas, que é um homem de bem, mas que tem julgado desnecessária a intervenção de que aqui tratamos, entendimento que a meu ver, como cidadão brasileiro confinado sem poder sair de casa, em face da violência que reina no dia a dia está plenamente enganado. Outra coisa é que nenhum dos comandantes militares fez fortuna no poder, diferentemente dos políticos, que no momento atual não são solução pra coisa alguma.

Era o que tinha a dizer, doa a quem doer.

Fonte da foto: Internet/GOOGLE.
Ansilgus
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Enviado por ansilgus em 13/04/2017
Reeditado em 20/04/2017
Código do texto: T5970014
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