AS VIBRAÇÕES DA MATÉRIA

As Ciências Físicas definem o som como “o movimento vibratório da matéria” e sua propagação no ar ocorre, em ondas, na velocidade de 344 m/s. Nos instrumentos como violão, violino, contrabaixo, harpa, berimbau e outros que funcionam com cordas esticadas, quando tangemos alguma delas produzimos um movimento vibratório que aciona as moléculas do ar, ao seu redor, gerando um efeito sonoro.

O som produzido pela vibração da corda é de baixa intensidade, mas como se propaga em todas as direções, parte dele encontra uma barreira no corpo do instrumento, que chamamos de “caixa de ressonância”, onde ocorre a sua amplificação tornando-o adequadamente perceptível aos ouvidos humanos.

As cordas quando vibradas, sucessivamente, produzem sons que formam a linha melódica e quando várias delas são vibradas, simultaneamente, produzem os acordes que constituem a base da harmonia musical.

Quando juntamos vários instrumentos, em uma orquestra, para a execução de uma peça musical, todos esses fenômenos físicos estão acontecendo e o conjunto das vibrações sonoras produzidas, a sinfonia, é propagado pelo espaço viajando indefinidamente.

Este mesmo fenômeno, comprovado cientificamente, ocorre com as ondas eletromagnéticas produzidas pelo radar, rádio ou pela televisão (ondas hertzianas), que se propagam indefinidamente pelo espaço, à velocidade da luz (300.000Km/s), podendo ser captadas vários anos depois de sua transmissão.

Da mesma forma, os nossos pensamentos, sob o ponto de vista científico, produzem igual fenômeno vibratório no éter se propagando indefinidamente pelo Universo, o que ensejou experiências para utilização do poder da mente na obtenção de efeitos físicos, principalmente a longas distâncias; Rússia, Estados Unidos e outros países desenvolvem avançados projetos nessa área, sobretudo na espionagem militar e industrial.

Cientificamente, o pensamento é considerado um tipo de energia vibratória e assim, podemos entender que “cada um de nós é um gerador de energia” e que as vibrações decorrentes dos nossos pensamentos se propagam pelo Universo produzindo efeitos que podem acontecer aqui e agora, bem perto de nós ou, futuramente, num tempo bem distante.

Mais importante é avaliarmos os efeitos dos nossos pensamentos, pois a energia vibratória gerada por eles será potencializada pelos sentimentos que nos estiverem acompanhando e, principalmente, pelas palavras que emitirmos em decorrência disso (carga semântica), pois nesse caso estaremos, também, além de, gerando energia mental e emocional, produzindo vibrações sonoras que se propagarão tal e qual no caso dos instrumentos e, sem dúvida alguma, em determinado instante, elas estarão encontrando alguma “caixa de ressonância” aonde irão se manifestar ou se materializar.

Tais “caixas de ressonância” poderão estar aqui perto de nós, ou alhures, em qualquer parte do espaço e do tempo, no Universo, ou estar em nós mesmos, os próprios emissores da energia, captando-as por reflexão.

Dependendo do tipo e da intensidade desse conjunto de fatores; pensamento + sentimento + palavra + ação, estaremos gerando vibrações construtivas ou destrutivas (formas-pensamento), o que vai depender unicamente do nosso livre-arbítrio e pelas quais seremos os únicos responsáveis ganhando os créditos ou os débitos que, por isso, mereçamos.

Para entendermos melhor nosso raciocínio, busquemos auxílio nos ensinamentos do Novo Testamento onde encontraremos, dentre outras, as seguintes orientações esclarecedoras: Mat. 12:37 – “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado”. Ainda em Mat. 15:11 – “O que contamina o homem não é o que lhe entra pela boca, mas sim o que dela sai. Isso é o que contamina o homem”. Finalmente, em Pr. 18:21 – “Morte e vida estão no poder da língua e quem a ama comerá seus frutos”.

Todas essas afirmações exaltam a prevalência da Lei Universal de Causa e Efeito, pela qual a responsabilização é o efeito e a causa, as vibrações negativas geradas pelo homem, através dos seus pensamentos, sentimentos palavras e ações. A isso, chamamos de Carma Individual.

As vibrações do pensamento individual se somam formando o pensamento coletivo (egrégora) criador do Carma da Humanidade, cuja responsabilidade será devidamente dividida por seus emissores. É sempre o Carma da Humanidade, a causa que determina o grande efeito, ou seja, o final de uma Era e a devida separação; o joio para um lado e o trigo para o outro... Exatamente o que já estamos vivenciando, nos dias atuais.

Os rituais em que se fundamentam religiões e ordens, os mantras, decretos, ladainhas, rosários e orações são constituídos de formulários que se repetem, inalterados, ao longo dos tempos, produzindo ondas que alimentam as egrégoras criadas por seus participantes.

Diante da responsabilidade de cada um, consoante à tônica dos seus pensamentos, sentimentos, palavras e ações elegeu-se o “silêncio” como antídoto amenizador das conseqüências da Lei de Causa e Efeito. Por isso, em prática ritualísticaS, há momentos em que se diz: “Reina Silêncio...”. Isto é, o silêncio é tão importante que foi elevado à “realeza”. Por conseguinte, o silêncio em sua acepção mais ampla não se detém apenas no uso adequado ou não do “poder da palavra”. O silêncio também se refere à qualidade dos nossos pensamentos, das nossas emoções e, principalmente, das palavras que proferimos.

Assim é importante para nós mesmos prestarmos um pouco de atenção na tônica dos pensamentos que predominam em nosso dia-a-dia e que tipo de emoções e verbalizações, a partir deles, projetamos através das nossas palavras, pois como diz o versículo, cada qual será responsabilizado por tudo aquilo que disser de errado, que possa causar malefícios aqui na Terra ou em qualquer parte do Universo.

Quando tivermos maior proximidade com o que significa “O Poder da Palavra”, iremos penetrar em um dos mais preciosos escaninhos da Sabedoria que, através dos tempos, os Irmãos da Hierarquia procuram nos ensinar. Afinal, não é sem sentido que o ser humano é a única criatura dotada da faculdade da articulação da palavra” e, como lemos no Evangelho Segundo S.João, 1:1 – “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, associando essa afirmação do Livro da Lei ao que se lê em Gênesis, 1:27: “ E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou...”

Aqui começamos o trabalho iniciático apontado pelo Oráculo de Delfos “Homem! Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os mistérios dos deuses!”

Amelius

Amelius
Enviado por Amelius em 28/03/2017
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