NÃO É NADA ANIMADOR UM BINÓCULO QUE ENXERGA 50 ANOS DA VIDA DE QUEM COMEÇA NO MERCADO DE TRABALHO.
No atual modelo, antes da aprovação da Reforma da Previdência, que tem resistências um jovem Começaria aos 18 e trabalharia até os 55 anos e conforme a empresa sentiria progressos no intervalo que permearia entre Três a quatro salários. Isso para os menos criativos e dedicados e quatro e até dez salários para aqueles que não se afastam do crescimento da empresa mantendo uma fidelidade canina. A rotatividade na empresa ou o êxodo para outra também foi motivo de melhorias em outros tempos, na verdade elas brigavam por funcionários com bom desempenho em empresas circunvizinhas e ainda mais quando concorrentes. Hoje ao que tudo indica nada disso é levado em conta.
As demissões em larga escala, de olhos vendados ao paternalismo estão retirando e mantendo funcionários antigos de credibilidade e praticamente estáveis fora do mercado de trabalho e alguns em ocupações que nada tem haver com sua performance anterior e o salário imensamente reduzido com tais empregados dando-se por satisfeitos quando arrumam alguma coisa.
Isso em parte são os reflexos de uma postura equivocada do governo sem qualquer possibilidade de reversão a curto prazo. E as aposentadorias que deveriam ser a linha de chegada, portanto uma recompensa por tantos anos de trabalho e dedicação, finda como a pá de cal nas esperanças de quem passou anos trabalhando em detrimento de convivência familiar ou um lazer que lhe daria bons frutos mesclando férias e trabalho. E sindicatos, que sempre foram a voz agressiva a favor do trabalhador nada podem fazer com patrões desestabilizados financeiramente que tem como se manter mandando gente embora.
Basta dizer que com a atual proposta do governo brasileiro, a se entender que alguém deverá se aposentar com 65 anos seria razoável que, começando a trabalhar aos 18 anos, começasse a pagar ao INSS aos 15 anos, ah! Se houver nova faixa de envelhecimento. Nova chacoalhada na Previdência. Uma incerteza. Nesse caso o que daria chances ao indivíduo seria buscar sua veia capitalista bem ao estilo de Silvio Santos em termos de nunca depender da condição de empregado o que não está ao alcance de todos e fica ai esse horizonte desanimador.
Cabe lembrar que o dinheiro nas mãos do alheio, seja com o governo ou mesmo previdências privadas, como é o salário de cada um de nós, pode sempre apresentar surpresas e entre elas porque não dizer até a suspensão, conforme a circunstância ou os rumos do governo, do benefício, provento, ou seja, lá o que for? A previdência privada pode implementar ao longo do programa regras cruéis ou mesmo quebrar. Em todo caso, para melhor ou para pior de tempos em tempos tudo muda.
Quem está entrando hoje no mercado de trabalho deve preparar seu pé de meia ou esquecer da aposentadoria e lembrar dela apenas quando aproximar seu momento de parar, ou seja anos mais tarde. Aliás, realmente, aposentadoria não é, por enquanto assunto para quem está chegando. Até porque quando ele entender que é chegada sua hora travará uma batalha com muitas vitorias vencidas por gerações anteriores. Em todo caso, binóculo na mão e Adequações quando for o caso.