CONJUGANDO O VERBO

CONJUGANDO O VERBO

A realidade da vida se mistura com a realidade religiosa a partir do momento em que pretendemos colocar em prática os princípios básicos da existência humana. Assim, nosso destino se confunde com nossas próprias decisões, uma vez que a realidade de nossa existência está diretamente ligada as nossas próprias convicções... e considerando-se a assertiva de que o futuro a nós pertence, concluímos que merecemos tudo o que temos, o que somos e o que a vida nos reserva em razão dos critérios e comportamentos que adotamos e nem um milionésimo grama a mais.
Os nossos princípios são exatamente iguais seja qual for a cor, o credo e a condição social de cada um e portanto servem a todos e não devem ser quebrados ou distorcidos por nenhuma razão, sob pena de serem usados contra nós mesmos. O plantio de qualquer árvore frutífera é opcional mas sua colheita não... nada poderá ser feito para mudar a natureza daquilo que plantamos na hora da colheita. No plano espiritual tudo aquilo que recebemos é porque merecemos e no campo material nada tem esse equilíbrio a não ser através de sua consciência espiritual.
O verbo só tem sentido se conjugado, assim, não devemos nunca imaginar ou pedir a Deus quaisquer coisas que nós mesmos não conseguimos conquistar. Sempre que invocarmos em súplica por algo, devemos nos lembrar que, se estamos desempregados, com a saúde fragilizada, ou seja lá o que se passa conosco, devemos antes de mais nada avaliar em sua essência o que pretendemos. O cara dorme até ao meio dia, almoça e sai para dar uma voltinha; não se apresenta a altura quando vai se inscrever em alguma vaga de trabalho – barba por fazer, vestido com desleixo... ora, dificilmente vai contornar essa situação e aí começa a rezar achando que seu santo de estimação está a toda hora disponível; ou não se prepara para o vestibular e na hora da prova se põe a rezar... faz promessas, acende vela ao santo e é claro que não vai ser aprovado. É por isso que sempre conseguimos tanto e tão somente aquilo que merecemos. Nossos sacrifícios são constantemente reconhecidos com novas oportunidades sejam elas espirituais ou matérias e não há o que se fazer para nos permitir ultrapassar nossos próprios limites a não ser que façamos sacrifícios outros que nos permitam estarmos preparados para receber, como graça, aquilo que agora merecemos. Nossos princípios são as bases da consolidação de nossos limites e do que eles representam. Não se compra a felicidade através de bens materiais como não se compra uma melhor condição aqui na terra através de dízimos ou compensações financeiras. Que Deus nos abençoem!