A gente faz para os outros
Nem sempre o que fazemos, fazemos para gente.
Muitas vezes fazemos para os outros.
Nossos desejos se confundem com a objetividade, deixando o interior maluco.
Chegamos a duvidar do nosso próprio sonho.
Fazemos muitas vezes para agradar o próximo. Fomos criados para isto: provar que temos sucesso é mais importante que ter paz interior.
Para ter sucesso precisa seguir regra, pois sucesso não é algo interior, é algo inventado pelo homem para sustentar o ego e preencher um vazio que poderia ser preenchido com a queda d'água de uma cachoeira.
O lado exterior fala mais alto em muitos momentos da nossa vida.
O lado simples com cheiro de rosas vermelhas é deixado de lado....
....O jardim do vizinho é mais bonito que o meu.
.....O carro do vizinho é mais bonito que o meu.
....O casamento da prima do tio da minha patroa foi melhor que o casório do parente daquela zelador japonês.
O outro comando muito tempo.
Gastamos muito tempo pensando nos outros.
E nem vem com papinho que "não liga para o que os outros dizem". Liga sim.
Em maior ou menor quantidade vivemos com os outros, e a opinião dos outros é importante sim, isto é normal. O que não é normal é se preocupar com isso.
Saber da existência não é sinônimo de dor de cabeça.
Fazer para os outros não é tão ruim...O que adoece é fazer disto algo que ocupe mais tempo que soltar pipa, andar de patins, mergulhar no mar, pular de para quedas, chupar picolé de abacate sentado na praça daquela cidadezinha charmosa do Sul de Minas chamada Conceição dos Ouros...Etc, etc, etc.