Gastar o que não tem, no que não precisa, com quem não merece...

Ontem na reunião semanal do Rotary Clube tivemos a presença do palestrante Antônio Cimatti. Dentre muitas boas palavras ditas, uma frase me fez meditar.

" O homem gasta o que não tem, no que não precisa e com quem não merece."

A chave do desperdício está aí.

Toda vez que eu me sentir atentado pelo materialismo vou lembrar desta frase.

Somos iludidos todo o tempo, em toda esquina, em toda rua pelo ato de comprar...Na maioria das vezes desnecessariamente.

O que precisamos para sobreviver?

- Comida, um teto, uma cama e cuidar da saúde para podermos ir mais ao parque e à biblioteca.

....Mas não, o homem inventou o microondas, a churrasqueira, a piscina, os Poli Shop e substituíram parques por concreto e livrarias por shopping.

Inventou o celular com a intenção de vender mais.

Hoje a televisão se preocupa mais em vender a entreter.

A publicidade virou uma profissão para vender.

O lazer é para vender.

O esporte virou comércio.

E nós viramos fantoches deste Sistema que derruba árvores para vender suco de caixinha.

Uma lástima!

Uma falta de respeito com o direito de ir e vir: nós não vamos mais onde queremos e sim onde tem coisas para comprar.

Virou vício.

Já observaram a diferença de um saquinho de pipoca e a pipoca do cinema?

Já reparou que soltar pipa, jogar bolinha de gude e andar de carrinho de rolimã não agradam quanto os iphones, tablets, jogos virtuais?

Primeiro: saber se tem dinheiro para comprar....Mas se não tiver o banco te dá cartão de crédito e especial.

Segundo: preciso do que vou comprar? ....Mas se não precisar, a publicidade te convence a comprar.

Terceiro: a pessoa responsável pelo gasto merece? Se for você, merece tudo, mas geralmente não é, então não merece? - O sexo é pago, a balada é paga, os drinks são pagos...Haverá sempre um merecimento justificado para gastar mais e mais.

Se a atenção não for maior que o desejo infundado, o cão do materialismo te morde.

Se a consciência não for maior que a fantasia, o morcego da vaidade te pica.

A atenção é urgente.

A conscientização é urgente.

Gastar não é terapia, é sobrevivência, e as dívidas não vêm das necessidades e sim (na maioria das vezes) das futilidades empurradas goela a baixo como necessidades.