“SOMOS MESTRES” EM JULGAR.

Estamos vivendo tempos de extremos julgamentos. Todo mundo (ou quase todo mundo), quer ser juiz de coisas, situações e principalmente de pessoas. Ter a melhor opinião, para o estilo de vida, profissão, casamento ou para a religião do outro, é o que a grande maioria das pessoas quer fazer. São tempos de “especialistas” do saber. São “mestres e doutores” no quesito: veja como se deve viver. É a mãe que julga e detona a filha da vizinha porque esta engravidou bem novinha, mas que se esquece de que sua bebezinha também irá crescer um dia. É a esposa que humilha seu marido, porque o marido da vizinha comprou o carro e a casa que ela tanto queria. E, os julgamentos por causa de religião e politica? Estes então têm gerado só “juízes” de plantão. Enfim, todo mundo quer meter o bedelho na vida alheia. Seja esta vida de pessoas comuns ou públicas, não importa. Sempre temos que falar de gente que para nós vive uma vida torta. Isso significa então que não podemos comentar, elogiar ou apontar os erros dos outros para que estes erros e acertos sirvam de lição para nós? Obviamente que podemos. É impossível não falar do outro. Vivemos em sociedade, e por vivermos assim, é claro que o outro sempre terá interesse para mim. O problema é que muitos dos nossos comentários, ou melhor, “condenações, sempre vêm acompanhados de preconceitos, ódios e julgamentos (morais e religiosos) sobre fatos e pessoas que muita das vezes sequer conhecemos. Chamamos de ladrão, ladra ou safado, sem nunca termos lido, ouvido, visto ou conversado com o mal falado. Não queremos saber se tal pessoa é assim porque no passado sofreu algum tipo de maltrato (físico verbal ou emocional). Só queremos detona-la. Alguém poderia dizer: Oras, não é porque fulano sofreu algum tipo de agressão que ele precisa viver sempre na contramão. Concordo 1000%. A pessoa tem que lutar para ser diferente daquilo que fizeram dela como gente. Ficar se justificando é um grande erro dela também. Mas, será que você e eu estamos dispostos a ajuda-la a ser diferente? Será que ao invés de apontarmos o dedo, julgando e humilhando, não seria mais justo e honesto tentarmos saber o porquê desta pessoa ser assim, e, com isso, acolhê-la para mais perto de mim (nós)? Não seria isso que Deus queria de todos nós? Creio que sim, mas na prática não agimos assim. E, por quê? Porque falar sempre foi mais fácil do que agir. Se envolver na luta e na dificuldade do outro requer tempo, paciência, vontade, dedicação e principalmente amor. E quem quer sair da zona de conforto em um mundo onde a grande maioria das pessoas só pensa em si? Portanto, vai uma dica para não sermos mais assim: Quando você sentir a tentação de falar mal de alguém, vá até um espelho, fixe bem os olhos para ele e pergunte: “Espelho, espelho meu quem sou eu para julgar um igual a eu (eu sei que o certo é dizer: igual a mim)? Pode ser que o “espelho retorne a resposta dizendo”: “NADA”.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 06/02/2017
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