O Sofá
Sabemos que não é um estado de saúde estar adaptado à uma sociedade movida por baladinhas, modinhas e finais de semanas bombando num ritmo doente, sendo que toda esta ilusão se finaliza no domingo sentado no "sofazinho" assistindo os telejornais dramáticos que traduzem toda mesma doença que as baladas proporcionam.
Segunda feira começa a cegueira onde se acorda para afirmar conscientemente que a vidinha de final de semana é limitada a bebedeiras e farras movida a bebidas e a drogas. Pura ilusão que somente o sofá é capaz de entender.
Toda esta fantasia faz com que pessoas transformem problemas cotidianos em doenças mentais, pois o estado de vibração é tão vazio que decisões simples nunca chegam a felicidade.
Coitado do sofá!
Tanta vibração baixa ele aguenta!
O sofá se transformou em zona de conforto, ele prende, acorrenta e seu enorme buraco negro se aprofunda cada vez mais à falta de perspectiva para enfrentar a vida.
O que falar dos acordos registrados em cartórios representados por argolinhas de metal que impedem o fluxo sanguíneo do pobre dedinho?
Vaidade?
Pressão emocional?
Sorriso plástico perante a sociedade?
Ou tudo isto batido no liquidificador dos sentimentos não elevados que limitam o ser?
Mas lá está nosso querido acolchoado nos confortando contra tudo isto. A cada dia a menos caminhamos igual boi indo ao matadouro .
Ninguém repara que nascer num corpo saudável é uma dádiva muita rara e não podemos desperdiçar com aquilo que nos deixa infeliz.
Por que não usar todo tempo disponível para ser feliz fugindo de tudo que não é sadio para o corpo?
O que está fora do corpo não é missão da alma. Então pare de odiar a vida e muda tudo que te prende nesta zona de conforto.
Sofá ou atitude?