REFLEXÕES SOBRE NATAL MARIA, NATAL JESUS - Referente a Prosa Poética do Mesmo Nome
O autor não segue nenhuma religião institucionalizada, cheia de dogmas e regras. Considera-se um eclético, procurando formar sua filosofia de vida baseada em elementos colhidos em diferentes gêneros ou opiniões, que tenham como objetivo o papel do homem perante si, seus congêneres, a natureza e o Universo como um todo, sempre em busca da harmonia. Esta harmonia é exatamente o “céu” da transcendência, onde o todo se confunde com o Uno, pois tudo vem do Todo e tudo volta ao Todo.
“Natal Maria, Natal Jesus” apesar de parecer ter conteúdo religioso não o tem. Esta “prosa poesia” aborda um conceito filosófico relacionado à pessoa de Jesus Cristo, libertador. Não o libertador salvífico para um “céu” pregado pelos Credos Cristãos, mas o libertador e salvador de consciências humanas. Como foram Buda (Sidharta Guatama), Lao Tsé, Gandhi e tantos outros.
Homens que sempre tentaram mostrar a liberdade e a transcendência, obtidas exclusivamente pela mudança de paradigmas que propiciassem reverter de suas consciências os preconceitos sob todas as suas formas. Os preconceitos chamados “demônios” ou “maus espíritos”, inerentes às próprias contradições humanas, que encaminham todos ao que se denomina “inferno”, sob a forma interna dos problemas emocionais (dores da alma), ou externas, como guerras, supremacia de grupos ou nações, exploração dos mais fracos pelos mais fortes. Enfim, um eterno mecanismo de “feedback” ou retro-alimentação dessas contradições.
O texto não pretende discriminar quaisquer raças ou credos, trata-se apenas de uma releitura de um “Texto Sagrado” e contexto do povo da época. Mostra-se também contraditório, como em muitas partes é contraditória a fonte que lhe deu origem, porque escrita por homens.
Põe em dúvida a concepção sobrenatural de Maria.
Mostra o que pensava o povo (ou ainda pensa) da mulher.
Mostra a fé e confiança de Maria.
Mostra que sua fé era tão forte, ou maior que a de Abraão (o Grande Patriarca).
Que o próprio “JEOVÁ” criado à imagem e semelhança dos Hebreus, presenteou Abraão com um cordeiro, na hora do sacrifício de Isaac.
A grandeza de Maria, pois através dela veio a “Salvação”.
Finalmente esta última frase “Para todos aqueles que Nele crêem”, vem traduzir o pensamento do autor com relação a Jesus, seu pensamento, filosofia e seu papel frente à humanidade, como modelador da consciência humana.
Crer (do Latim: credere) - Ter confiança em; aceitar como verdadeiras as palavras ou afirmações de: (Aurélio – Dicionário Século XXI)
Que fez JESUS nascido de MARIA para a transcendência do homem:
Contestou a arrogância dos Sacerdotes (Governantes) – subjugavam o povo e se consideravam melhores que eles.
Contestou a religião institucionalizada (governo teocrático) que impunha ao povo obrigações e rituais desnecessários.
Perdoou uma prostituta e uma adúltera (ninguém tem o direito de julgar os atos dos outros).
Elevou o “status” da mulher discriminada por seu povo (e ainda hoje).
Libertou pessoas acometidas por problemas emocionais (endemoninhados).
Exaltou a humildade – “Quem quiser ser grande torne-se pequeno”.
Nunca criou uma igreja institucional e sim uma “enklesía” – do Grego “comunidade” a comunidade daqueles que foram seus seguidores, que modificaram seu paradigma com relação à forma de olhar a si mesmo e o mundo acreditando e aceitando os ensinamentos do Mestre.
Comunidade dos Cristãos – Assembléia de pessoas cuja vida foi modificada por Ele e, a partir desta modificação interior transcenderam e alcançaram a felicidade, o “céu” - Qualquer lugar onde se possa ser feliz; paraíso (Aurélio – Dicionário Século XXI).
Não haveria, pois, um lugar físico, mas um estado de espírito, porque: “Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós”. (Lucas 17: 21)