ZELOTES
ZELOTES
“Alicerces demandam segurança. E, por isso, não se justificam decisões apressadas”. (Chico Xavier).
Quando procuramos estudar mais amiúde a vida de Jesus, a figura de Simão (O Zelote), sempre vem à tona, por ser o mesmo irmão do mestre, que também exercia a função de carpinteiro, particularmente chamado, o cananeu. A nomenclatura Zelote vem do grego zelótes, e do latim zelote, membro de um partido judeu do tempo de Cristo, que se opunha à dominação romana, como incompatível com a soberania do Deus de Israel; aquele que finge que tem zelos. Já os cananeus são os povos pertencentes ou relativos à região histórica e bíblica de Canaã (Palestina). O natural ou habitante de Canaã, cuja sinonímia feminina quer dizer Cananéia e cananeia. Podendo ser também um grupo de línguas semíticas das quais são as mais importantes o hebraico e o fenício, a língua de Canaã antes da conquista israelita, e cuja evolução originou a língua hebraica. Semítico de semita + - ico; pertencente ou relativo aos semitas e ao semítico, pertencente ou relativo aos judeus. O maior dos grupos de línguas da família camito-semítica, e que se estende do Norte da África até o Sul da Ásia. O grupo inclui o hebraico, o aramaico, o assírio, o árabe, o maltês e várias línguas menos conhecidas da região da Etiópia, como, por exemplo: o amárico e o tigrínia, e, ainda, o acádio, o amorita, o fenício, o moabita, estas mais antigas e já extintas. Na concepção escorreita da palavra Zelote era o membro dos zelotes, seita e partido político judaico que desencadeou a revolta da Judéia à época de Tito (imperador romano, 79-81 da era cristã); o nome significa zelador.
Os zelotes constituíam a ala radical dos fariseus e preconizavam Deus como o único dirigente, o soberano da nação judaica, opondo-se à dominação romana. O nome "zelote" vem exatamente da palavra "zelo", significando que esses homens tinham excessivos zelo por Deus. Zelote - Um dos doze apóstolos de Jesus é Chamado ‘Simão, o zelote’ ou por causa de seu zeloso temperamento ou por causa de alguma anterior associação com o partido dos zelotes. Entre as seitas e subseitas menores havia os Nazoritas dos quais - Sansão, séculos antes tinha sido membro. Os Nazorianos ou Nazarenos, um termo que parece ter sido aplicado a Jesus e seus seguidores, realmente, a versão original grega do Novo Testamento se refere a "Jesus, o Nazareno”, expressão mal traduzida como Jesus de Nazaré. Em seis d.C. , quando Roma assumiu o controle direto da Judéia , um fariseu rabino conhecido como Judas da Galiléia tinha criado um grupo revolucionário altamente militante, conhecido como Zelote e composto, de fariseus e essênios muito diferentes do que foi citado nas entrelinhas, onde o zelo predominava. Os “zelotes” - não eram uma seita propriamente dita, eram um movimento com afiliados de várias seitas. Muito tempo depois da crucificação, as atividades dos zelotes continuaram inalteradas. Por volta de 44 d.C. elas aumentaram. Em 66 d.C. a luta irrompeu, toda a Judéia se levantando em revolta organizada contra Roma. Vinte mil judeus foram massacrados pelos romanos só em Cesárea. Em quatro anos as legiões romanas ocuparam Jerusalém, arrasando a cidade, saqueando e destruindo templo. Entretanto a Fortaleza montanhosa de Masada resistiu por mais três anos, comandada por um descendente de Judas da Galiléia. Depois da revolta houve um êxodo de judeus da Terra Santa. Muito tempo depois da crucificação, as atividades dos zelotes continuaram inalteradas. Por volta de 44 d.C. elas aumentaram. Em 66 d.C. a luta irrompeu, toda a Judéia se levantando em revolta organizada contra Roma.
Vinte mil judeus foram massacrados pelos romanos só em Cesarea. Em quatro anos as legiões romanas ocuparam Jerusalém, arrasando a cidade, saqueando e destruindo templo. Entretanto a Fortaleza montanhosa de Masada resistiu por mais três anos, comandada por um descendente de Judas da Galiléia. Depois da revolta houve um êxodo de judeus da Terra Sant a. Entretanto, um numero suficiente permaneceu para fomentar outra rebelião cerca de 60 anos mais tarde, em 132 d.C. Finalmente, em 135 d.C. o imperador Hadrians decretou que todos os judeus deviam ser expulsos da Judéia por lei, e Jerusalém tornou-se uma cidade essencialmente Romana, sendo rebatizada com o nome de Aelia Capitolina. A vida de Jesus se passou nos primeiros 35 anos de um turbilhão e se estendeu por 140 anos. Gerou expectativas inevitáveis ao povo judeu e uma delas era a esperança de um Messias que libertasse o seu povo do Jugo romano. Para os contemporâneos de Jesus, nenhum Messias seria jamais considerado divino. Na realidade a própria idéia de um Messias seria extravagante. A palavra grega para Messias é Christ ou Christos. O termo - em hebreu ou grego - significa "abençoado" e se refere geralmente a um rei. E quando Davi foi abençoado rei no Velho testamento, ele se tornou um Messias ou um Christ. E todos os reis judeus subseqüentes, da casa de Davi, eram conhecidos pelo mesmo nome. Mesmo durante a ocupação romana da Judéia, o alto traço sacerdote nomeado por Roma era conhecido como sacerdote, Messias ou rei-sacerdote. Todavia, para os Zelotes e para outros oponentes de Roma, este sacerdote marionete era, necessariamente, um falso Messias. Para eles, o verdadeiro Messias significava algo muito diferente - o legítimo rei perdido, o descendente desconhecido da casa de Davi, que libertaria seu povo da tirania romana. Durante a vida de Jesus essa espera era enorme e continuou após sua morte. Realmente, a revolta de Masada em 66 d.C. foi instigada pela propaganda feita pelos Zelotes em nome de um Messias, cujo advento seria iminente.
O termo Messias significava "um rei abençoado" e, na mentalidade popular, veio a significar também libertador. Em um termo de conotação política, algo bem diferente da idéia cristã posterior de um "filho de Deus". Esse termo, essencialmente mundano, foi usado para Jesus, chamado "O Messias" ou - traduzido para o grego - "Jesus, o Cristo" e mais tarde "Jesus Cristo" que se distorceu para o nome próprio. Paulo explica de si mesmo que fora um zelote religioso (At 22:3; Gl 1:14), enquanto que os muitos membros da igreja de Jerusalém são descritos como ‘todos são zelosos da lei’ (At 21:20). O partido dos zelotes, descrito por Josefo como a ‘quarta filosofia’ entro os judeus, foi fundada por Judas, o Galileu, que liderou uma revolta contra os romanos, em seis d.C. Eles se opunham ao pagamento de tributo dos israelitas a um imperador pagão, fundamentados na alegação que isso era uma traição contra Deus, o verdadeiro Rei de Israel. Foram apelidados de zelotes por haverem seguido o exemplo de Matatias e seus filhos e seguidores que manifestaram seu zelo pela a lei de Deus quando Antíoco IV tentou suprimir a religião judaíca, bem como a exemplo de Finéias, que exibiu um zelo comparável em um período de apostasia por parte de alguns, no deserto (Nm 25:11; Sl 106:30). E quando a revolta de seis d.C. foi esmagada, os seguidores conservaram vivo o seu espírito contrário aos romanos durante sessenta anos. Os membros da família de Judas eram os líderes dos zelotes; dois de seus filhos foram crucificados pelo procurador Alexandre, em cerca de - 46 d.C. enquanto que um terceiro filho, Manaém, procurou tomar a liderança da revolta anti-romana de 66 d.C. Os zelotes se mostraram ativos durante toda a guerra de (66-73 depois de Cristo), o último baluarte dos zelotes, Massada, caiu em maio de 73 – depois de Cristo, mas até mesmo depois disso o espírito dos zelotes não ficou completamente abafado.
Como se vê durante o decorrer da história os Zelotes teve papel bastante diversificado, do zelo a zelador, do amor forte a Deus, a estrutura de guerra, iniciado por um incentivado por outros, teve em Judas praticamente a sua criação ou fundação como queiram, e todos os integrantes de sua família eram zelotes, mas ao tempo de Jesus eles pregavam outra filosofia de vida, porém devido as constantes ameaças de romanos e outros povos mudaram de estratégica e passaram a ser verdadeiros guerreiros, muitos deles foram dizimadas, mas só vieram a cair no ano 73 depois da era de Cristo. Tiveram um papel importantíssimo e contribuíram para a defesa do povo judeu, sempre perseguidos e massacrados. Guardadas as devidas distâncias e motivações, há muita similitude no “modus operandi” dos assassinos a mando do Velho da Montanha, com as ações e atentados realizados pelos zelotes, militantes da causa judaica anti-romana. Aparecidos no século I a.C., eles reagiram à presença das águias imperiais na Palestina e na Judéia, praticando atentados seletivos, matando não só representantes da autoridade romana, mas fundamentalmente judeus que se mostravam dispostos a colaborar com eles. Os zelotes tiveram um notável papel no levante anti-romano de 66-70 e, seguramente, formavam a maioria dos fanáticos que se refugiaram na fortaleza de Massada, para lá resistirem até o fim, uns mil deles, sem se renderem às legiões do general Silva, que a ocupou no ano de 73. Por eles portarem ostensivamente suas adagas e facas em público, ameaçando meio mundo, os gregos os chamavam de Sicarii (do grego Sikarion = homem do punhal). O historiador Arnold Toynbee determinou o comportamento dos povos invadidos daquela região em dois tipos. Chamou de herodianos (do rei Herodes, um monarca judeu colaboracionista), aqueles que não só aceitam o domínio estrangeiro como abertamente colaboram com o ocupante, enquanto que os zelotes eram justamente o contrário.
Seriam os que rejeitavam qualquer aproximação ou acordo com os estrangeiros invasores. Os assassinos ismaelitas não se enquadram nesta classificação porque não estavam a serviço de uma causa nacionalista, mas sim de uma ordem religiosa sectária, que repudiara tanto a dinastia Fatímida do Egito quanto a Abássida de Bagdá. Com os ismaelitas não tinham uma causa nacionalista e sim um ordem religiosa sectária repudiava a Abássida de Bagdá, isto nos permite avaliar que os iraquianos sempre estiveram em clima de guerra, tanto na época antiga como na atual. Existe aí uma pequena discrição quanto ao início das atividades dos Zelotes, alguns afirmam que foi Judas o criador da ordem, mas no ano I da era cristã eles já atuavam com bastante rigor e travaram lutas violentas contras as águias imperiais da Palestina, como também na Judéia, ma s de uma coisa temos certeza absoluta que os zelotes eram inimigos ferrenhos dos romanos e tornaram-se militantes da causa judaica anti-romana. Parece meio complicado, mas não é, basta que se faça uma interação de datas para que tenhamos uma situação com mais contesto dos Zelotes.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- ACADÊMICO DA ALOMERCE.