A GENTE "AINDA" SOMOS INÚTIL!

Veio-me ao pensamento hoje, lendo todas essas matérias relacionadas à politica, que, chegando à casa dos 34 anos da música"Inútil", do "Ultraje a Rigor", e vendo as prováveis aprovações da PEC 241/55 e da MP do Ensino Médio, tudo isso em, pasmem, apenas 4 meses de governo (?) pemedebista/tucano/pefelista (DEM) e toda a raça maltrapilha, sujos da lama da corrupção, dependurados nos vários ramos das trepadeiras que adornam as instituições federais como maneira de efetivar e estabilizar o favorecimento político e partidário que se perpetua. A letra da canção de Roger Moreira, homem de QI igualado aos de grandes gênios como Einstein e Leonardo da Vinci, foi de fundamental importância na formação identitaria dos jovens da época e a banda foi fundamental para a formatação do pop/rock dos anos 80, pois suas críticas ao Regime da Censura eram tão simbólicas e metafóricas, repletas de humor, ironia e sarcasmo que elas passavam despercebidas pelo Index. A música que se tornou atemporal, parece ter sido composta para compreender o espaço de tempo dos governos da era Lula até esta atual pataquada inventada pelo PMDB - "A gente somos inútil!" Assim mesmo como deve ser, sem correção, para um possível projeto educacional dar certo em nosso país, deve-se eliminar qualquer presença de oportunismo do elemento "político", aquele ao qual conhecemos como o recebedor dos méritos do produto criado pela classe intelectual. Na Educação só necessitamos das pessoas gabaritadas e sensíveis; profissionais, educadores, pedagogos e especialistas em educação, enfim, pessoas com entusiasmo e que há muito tempo anseiam para a verdadeira transformação do Ensino Brasileiro. Mas não é isso que estamos vendo, coube à Temer e sua tropa de 300 picaretas, como um dia falou Lula... (não pode falar mais) realizar um dos Projetos mais importantes da nossa Política, logo num campo onde a deficiência é de um nível tão alarmante que ocupamos, atualmente, o penúltimo lugar no mundo, só ganhando da Indonésia. Temos algo ao que comemorar, vencemos alguém, ou seja, "A gente não somos inútil!" Na esteira disso tudo, dessa velha oligarquia, desses fascistas, sempre as mesmas caras, utilizando máscaras diferentes, mas sempre os mesmos: O antigo MDB, hoje PMDB, que desde a sua fundação lá pelos idos dos anos 60, em plena Ditadura Militar, já era o mesmo partido vagabundo que é hoje, se considerando de uma ideologia sincrética religiosa nunca se posicionando, sempre neutro, não querendo desagradar nenhuma das duas partes - Esquerda e Direita. Da mesma maneira covarde que agem até hoje, com as suas atitudes oportunistas, sempre à espreita esperando para dar o bote, e se escondendo do que realmente foi e é essencial para o país - Governar para o povo, não para os seus poucos. Governou por 3 vezes sem a legitimidade popular e todos os 3 governos nada mais foram/são do que 3 patetas. De toda perplexidade, junto com a minha inutilidade e imbecilidade percebo, ainda sob o efeito da música do Ultraje o quão clara e explícita é a atual situação política, social e econômica do país: Estão nos recolonizando descaradamente. A Oligarquia que havia alguns anos sido relegada ao segundo escalão, não estava mais se sentindo satisfeita, principalmente, quando se viu ameaçada pelo crescimento de uma pequena minoria ou maioria? Nesse país tão vasto e tão desigual, ninguém consegue ter dimensão de nada. Só sei de uma coisa, as minorias incomodam muito e isso causa uma revolta imensa. Inventaram essa PEC com o intuito de frear o crescimento dessas minorias, melhor dizendo, dos pobres. Hoje, é clara a divisão politica, social e financeira que já se estampa em nossas caras todos os dias. Estamos nos tornando flagelo dos escravocratas e dos bem vestidos "colarinhos brancos" fascistas que surgem, em sua maioria, de lobbys bem feitos nas grandes cidades brasileiras em direção à Brasília, e de lá, o topo não é o céu, nem Deus é o maior; em suas próprias normas éticas, a primeira regra é vender a alma da mãe, caso sejam pegos em algum esquema. Nesses moldes, desta maneira em que vemos o Brasil hoje, podemos comparar com o período em que os portugueses transferiram sua Corte para cá, criando um pequeno país europeu enfiados dentro duma enorme Floresta Tropical; podemos ver isso todos os dias, pela tv, no concreto de Brasília - Estado fechado, ausente e mais nojento do que o Vaticano. Os grandes reis da Sumatra Federal (Câmara - Senado - STF) que vão protagonizando cotidianamente, papagaiadas dignas dos maiores reis bufões: num dia, um se proclama acima da Lei e desobedece uma ordem judicial de magistrado supremo; noutro dia, o mesmo magistrado ignorado, sucumbe, é repreendido em público e obrigado a ficar quieto, pois quem manda, segundo o Líder do Senado, é uma Ordem Judicial, e uma Ordem Judicial tem que ser cumprida! Esse mesmo, que havia repelido uma mesma ordem suprema, um dia antes, se contradiz, ri da cara do nobilíssimo Juiz , e deixa bem claro para nós - "A gente somos inútil!" E vemos os esquemas da Odebrecht pululando da panela de pipoca lá de Curitiba - Temer, Padilha(O Primo), Jucá (O Caju), Franco (O Angorá). E é Aécio em momento agradável com Moro flagrados em foto. Mas aí pode, tá tudo certo, né, Salvador da Pátria? Não existe processo contra Aécio, diz o magistrado, mas também não tinham provas contra Lula, mas ele está indiciado. Quero deixar claro que não sou petista, tampouco lulista, socialista, comunista, sandinista, anarquista, nazista (até poderia, pois odeio os morenos), apenas faço uma ressalva ao comentário do juiz quando perguntado sobre a foto. Lembro-me, agora, do grande Wagner Moura, gigante como ator, mas uma formiguinha como crítico, pelo menos quando respondeu ao ser perguntado por que recusou protagonizar o papel de Sérgio Moro no filme sobre a Lava-jato: "Não interpreto canalhas!" Chega a ser cômico, nem digo irônico, pois o mesmo ator interpreta há dois anos o maior traficante de drogas de todos os tempos - Pablo Escobar. Deve ser por que os Reais daqui, proveniente do Petrolão, subjetivamente, não chegue a fazer sombra a uma pequena plantazinha da coca da Bolívia que é vendida na Colômbia que ele tá recebendo em milhões de narcodólares da Netflix. Mas temos o que comemorar - Enfim a Cultura teve um papel importante no cenário político brasileiro, pois o MinC conseguiu derrubar um figurão de Brasília, o ex-ministro Geddel, que caiu por causa de um apartamento em Salvador. Mas, eu ainda continuo cantarolando aquele refrãozinho pegajoso da música de Roger "Inútil, a gente somos inútil..." Quem disse que Geddel caiu? Somente os alienados do Jornal do William para acreditar naquele teatrinho. Temer não podia aceitar um escândalo de tráfico de influência envolvendo seu nome, e Geddel somente perdeu a alcunha de ministro, mas o seu poder se não continuará o mesmo, poderá até ser maior, pois agora ele não terá ninguém para vigia-lo tão de perto. Além disso, o apartamento que ele comprou lá no 23* andar dos 31, custou-lhe 2 milhões de reais e ele tem muito interesse que a obra saia do papel, ou seja, ele cede de um lado, o IPHAN cede do outro. O prédio possui duas coberturas avaliadas em 5 milhões cada uma, assim, o Edifício residencial está estimado em torno de 100 milhões de reais, e participam da obra sobrinhos e primos de Geddel. Será que há tráfico de influências aí? Enfim, depois de tantas e tantos bandidos, corruptos, hipócritas e demagogos... até Cristovam Buarque, apelidado na Gangue como O Reitor, um dos poucos 5 em quem eu ainda acreditava, parece que recebia o dote da Odebrecht. Faço a seguinte pergunta: "Será que nós teremos alguém para escolher como presidente?