O caos climático

Quando analisamos as questões climáticas no Brasil dos últimos 37 anos, destacamos a falta de projetos para evitar o racionamento da água e o caos das chuvas, provocados pelo: assoreamento dos rios, desmatamento das nossas florestas e as construções desordenadas em local de risco, e concomitante desrespeito às regras ambientais e da engenharia perpetrados por parte dos munícipes.

Observa-se nessas décadas, uma mutação climática em todas regiões do Brasil. Ora a região predominante fria e chuvosa registra grandes secas, enquanto às áridas sofrem com as enchentes.

Ao examinarmos algumas causas desses desastres, podemos mencionar, por exemplo, a falta de fiscalização dos órgãos competentes, êxodo rural, abertura de loteamentos em regiões alagadas e morros, e, ainda o desrespeito praticado pela própria comunidade, ao depositarem o lixo nos rios, na extinção das nascentes e construir casas em locais inadequados.

Em consequência disso, somos obrigados a conviver, nos períodos das chuvas e árido, com o medo dos alagamentos, a redução da água e a escassez de alimentos, registrados pela falta de infraestrutura nas cidades brasileiras construídas em sua grande maioria sem planejamento.

Em virtude dos fatos, acreditamos que a consciência do povo brasileiro possibilita em primeiro plano manifestarmos os nossos desejos de reestruturação das cidades, tendo como suporte o “projeto reflorestar” do governo do Espírito Santo, visa conservar e recuperar as florestas, bem como proporcionar renda para os produtores rurais.

Os gestores do estado capixaba continuam priorizando, exemplificando: na construção de barragens na região norte que abrirá 170 chances de emprego (edital de licitação lançado no último dia 06); a fiscalização dos militares do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), vêm cumprindo vários atendimentos de denúncias sobre degradação e desmate irregular.

Por tudo isso, somos obrigados a admitir que a falta de planejamento na urbanização das cidades, na aplicação de verbas públicas e privadas no reflorestamento e na recuperação das nascentes são os focos dos problemas ocasionados nos períodos das chuvas e estiagens, originando o caos climático.

Dessa forma, devem ser adotadas medidas urgentes para minimizar que gestores inescrupulosos se apropriam de verbas públicas. Assim, os moradores metropolitanos, agricultores e ribeirinhos deste país encontrariam, com certeza, melhores condições de vida.