ARTIGO – Não escapa ninguém – 12.12.2016
 

ARTIGO – Não escapa ninguém – 12.12.2016
 
 
Depois que vieram à tona as delações de funcionários e dirigentes da Construtora Odebrecht, na semana passada, confesso-me amplamente decepcionado com certos nomes de peso desta “república das bananas”, que assim mostram para o mundo o que realmente representa este país em termos de ética, moral e, acima de tudo em educação no sentido amplo da palavra.

Jamais poderia sequer imaginar que até mesmo o presidente que substituiu a doutora Dilma, que foi impedida de continuar governando numa maioria absoluta, estivesse no meio dos que teriam ganhado dinheiro de caixa dois ou coisa que o valha, perdendo, assim, o moral para imprimir respeito na condução dos problemas nacionais, inclusive porque lhe faltará o abono do povo brasileiro, isso que é indispensável na governança de uma nação.

O povo que emprestou apoio ao impeachment da nossa ex-presidente, por sinal merecido, é só decepção. A meu pensar, no momento atual, não seria injusto que a doutora Janaína e os demais advogados pudessem requerer a mesma punição para o doutor Temer (PMDB-SP), de sorte que os tratamentos fossem iguais, sem qualquer discriminação. Há, porém, uma questão que atrapalha tal pedido, qual seja a de que o presidente não responde por atos ilícitos cometidos antes do seu mandato. Ocorre que tal mandato é tampão, daí surgirem dúvidas a respeito, que somente os especialistas na matéria podem dirimi-las.

A MP 55, que está em processo de votação e que será aprovada é realmente de inestimável valor para salvaguardar a nação da debacle total e sem retorno ao rumo do crescimento. Agora, quanto à reforma da previdência, nos termos em que propostos, não poderá ser aprovada de maneira alguma, salvo se esses políticos quiserem de uma vez por todas acabar de matar os pobres brasileiros que lutam ardorosamente para viver com salários péssimos e incompatíveis com o que seria suficiente à manutenção de suas famílias. Além do mais, essa história de dizer que o brasileiro está vivendo mais e mais, ou seja, que a sua longevidade aumentou, para mim é um argumento de péssimo gosto, porquanto do que adianta aumentar o tempo de vida passando necessidades e até mesmo fome, numa miséria quase absoluta, essa que o governo anterior diz haver erradicado totalmente do Brasil. e continuam dizendo esses que hoje são oposição, isso que é uma mentira absoluta e insofismável.

Não sou e nunca fui favorável à ditadura militar, até mesmo em face de minha criação democrática num ambiente de pobreza, que não é vileza, mas somente quem viveu o que vivi pode atestar como é péssimo levar uma vida ao largo da satisfação de necessidades primárias e absolutas. Sou, sim, por um “freio de arrumação” a ser orientado pelas nossas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), de sorte que em seis meses fosse marcada uma nova eleição direta para todos os cargos da república, todavia sem poder concorrer os atuais políticos que estão relacionados à prática de ilícitos, sejam penais, quer de responsabilidade. Todavia, não é esse o pensamento do General Villas Boas, comandante dos homens das roupas verde-oliva. Deus sabe que ele está errado.
Fico por aqui, voltarei depois.
Ansilgus
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 12/12/2016
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