A CRISE FEDE E NÃO INCOMODA
A corrupção nacional fede mais não incomoda os nossos “brazis” diante da ideologia de aceitar tudo calado do brasileiro dos programas sociais mantido pelo proselitismo governamental.
Francisco de Paula Melo Aguiar
A população quando doente, desrespeitado, analfabeta, etc., procura um profissional específico para resolver seu problema com mérito, capacidade profissional e científica (médico, advogado, professor, etc), é o que acontece na prática, porém, quando chega o tempo das eleições federais, estaduais e municipais, a mesma população transformada em juízes para escolher e decidir voluntariamente os destinos do país, do estado e do município, se apresenta oferecendo o voto em troca de favores pessoais privados do antes, do durante e do depois... então quem vende o voto não tem o direito de escolher o melhor quadro para lhe representar através de mandato eletivo popular para o Congresso Nacional; para as Assembleias Legislativas Estaduais e muito menos nas Câmaras Municipais, e até porque não é diferente no processo de escolha para Presidente da República, dos Governadores dos Estados e muito menos dos Prefeitos Municipais dos quase seis mil municípios brasileiros. A corrupção nacional fede mais não incomoda mesmo...
Infelizmente o cenário nacional, estadual e municipal da realidade brasileira promovida pela classe política e diante dos olhos famintos e silenciosos da classe dominada pelos programas sociais (bolsa escola, minha casa, minha dívida, etc, etc), fede mais do que o lixo exposto em nossas ruas, mas não incomoda tendo em vista que "o que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro", segundo o pensamento do escritor africano Mia Couto, nascido na Beira, Moçambique – África, em sua obra Terra Sonâmbula (2007) e assim, ainda que por analogia, nós pobres mortais da Terra de Santa Cruz, via os "brazis" de Mãe Preta e Pai João: haja corrupção diante da interdisciplinaridade comportamental da política partidária de tirar vantagem em tudo e o povo assim vai continuar sendo rolete chupado...
Do alto de sua observação e dedicação ao magistério, Paulo Freire (2002) nos informa que "não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esse que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade", o que vale dizer que a profissão, seja ela qual for e especialmente a de professor, necessita sempre de formação e atualização continuada em serviço e fora dele.
Ainda que por analogia nunca é demais e ou de menos pensar e agir diariamente que "o professor vai se construindo na heterogeneidade das situações vividas na experiência cotidiana, pelas práticas que expressaram interesse, vontades, valores, sentimentos diversos, materializando o conflito e a diferenciação interna da categoria nas condições dadas", no dizer de Fontana (2005, p.45). É isso que faz a diferença do saber fazer e fazer saber.
No meio de gente pequena quem pensa em crescer corre perigo de vida e morte, porque a inveja é a carniça retratada em pessoa com tal perfil.
O invejoso nunca se contenta com a vitória do concorrente em qualquer setor da atividade humana. Percebe-se isso através da frieza emocional e comportamental da realização positiva do outro, vem dai sua pequinês vivencial e temporal.
O material usado na construção do pensamento positivo da realidade humana é diferente do material usado pelo indivíduo ignorante de si mesmo e ou corrupto, levando aos caos todos aqueles que direta e indiretamente de si dependem. É a cultura da crise do quanto pior melhor... desde que esse tipo de individuo esteja levando vantagem para si e para sua família. Nada importa do Brasil e ou Brazis...
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REFERÊNCIAS
COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, 208 p. ISBN: 9788535910445
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
FONTANA, R. A.C. Como nos tornamos professoras? 3ª ed., Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2005.