ESMOLAS: DAR OU NÃO DAR?
Por muito tempo dei esmolas ou deixei de dar, fundamentado em critérios os mais fúteis possíveis. Depois de uma pequena reflexão sobre o assunto cheguei à conclusão de que alguns tipos de esmola podem ser definidos como o salário da inércia, ou como um prêmio á vadiagem. A partir de então passei a ignorar a mão estendida pedindo pelo "amor de Deus" e a voz triste e olhar cinematográfico a mim dirigidos, durante o relato de infortúnios mirabolantes. Não se trata, porém, de uma postura radical. Graças a Deus, consigo me eternecer diante de um olhar faminto. A este não resisto. Não dou dinheiro, ofereço alimento. Há também a esmola a qual damos o nome de "contribuição". A esta também me rendo. Não aceito imposição de percentual sobre aquilo que recebo, mas entendo que a minha igreja tem um gasto de manutenção e que eu devo, no mínimo, retribuir ao consolo espiritual que nela procuro, contribuindo para desobstacularizar a sua contunuidade. Contudo, dar ou não dar esmolas, é uma decisão pessoal, que deve ser tomada à luz da crença e da formação de cada indivíduo. Respeito, portanto, todas as decisões, embora acredite que uma reflexão sincera sempre nos ajuda a melhor aproveitar a nossa disponibilidade de servir.