CARANDIRU
Carandiru!
Disse Lavoisier "Nada se cria, tudo se transforma"; há 219 anos passados.
Em 1992, precisamente no dia 2 de outubro, ocorrera o massacre aos detentos da Cadeia Pública do Carandiru, pela força tática da Policia Militar. A mesma policia que deveria guardar a integridade física daquele que estavam sobre a custódia do Estado, é aquela que se faz Judiceira pela própria força, ignorando o Poder Judiciário competente.
A demolição do presidio acabou com a estrutura física do prédio, mas ficou a energia produzida pelas vitimas encurraladas e indefesas, em que pese a sua culpa criminal.
Este ambiente hoje transformado em área de laser, com biblioteca, área verde e pátio de recreação, em nada apagou a energia aqui irradiada até os dias de hoje.
Cada transeunte que por aqui passa, é tomado de uma carga elétrica que o ambiente irradia desde o primeiro instante de martírio. Sem saber o porquê vir a sentir-se um mal estar, físico e mental, que sofre inconscientemente ao passar por aqui ou permanecer um tempo suficiente para se contaminar.
É preciso descarregar essa energia adquirida, sem sabermos como faze-la, ou sofrer a consequência da sua energização.
Muitas vezes as influencias são constatadas após sairmos do recinto. Pois o nosso metabolismo físico-psíquico tem seu tempo e diferencia-se de pessoa para pessoa.
O Espirito que por lá desencarnou, deixou a lembrança da crueldade na matéria que ficou. Essa matéria física produziu uma onda energética que contamina as pessoas que estão receptíveis pela demência aqui causada.
Não bastasse tudo isso ainda tem a impunidade justificada pela incompetência judicial que vem inocentar os policiais pelas suas atitudes, tidas como legitima defesa, quando adentraram armados contra os detentos que não possuíam armas nem preparo físico para um duelo covarde da milícia.
A Justiça anulou um Júri que condenou os policiais, cuja sentença fora proferida pelo corpo de jurados, competente e juridicamente perfeito. O Tribunal de Justiça não tinha competência para anular um júri que fora confirmado pela segunda instancia.
Mas nada disso apagou a energia que paira sob o campo onde fora edificado o presidio agora transformado em local de recreação.
SP/01/11/2016
José Francisco Ferraz luz