A JUSTIÇA É CEGA MESMO!!!
Artigo de:
Flávio Cavalcante
Artigo de:
Flávio Cavalcante
Posso afirmar com toda veemência; a nossa justiça além de cega é demente. Mesmo tirando as vendas dos olhos acho que ela não conseguiria enxergar dois palmos diante do nariz. A justiça do Brasil é igual cachorro; por ela não enxergar, tenta farejar o correto e acaba mirando o errado para o azar do povo brasileiro.
Basta sair do nosso habitat para ver as atrocidades que estas leis cheias de janelas abertas, dão de bandeja para criminosos à fazerem suas artes maléficas apoiadas por um governo que a única preocupação é com o benefício em causa própria.
Como fazemos para arrancar de vez a venda dos olhos dessa justiça e bater fortemente na cara para ver se ela acorda e põe o pé no chão e de fato saber o significado das palavras certo e o errado?
Em viagem pelo interior das alagoas, minha terra natal para uma rápida visita à familiares, parei em uma das praças da pequena cidade para tirar algumas fotos e enquanto fazia algumas poses para uma bela fotografia eu ouvi um diálogo de dois jovens sentados no banco da praça que realmente fiquei estupefato com aquele assunto que meus ouvidos acabariam de ouvir.
Um dizia que tinha matado um homem, outro estava amarrado para aquele dia e ele estava ali porque tinha mais encomenda e ele precisava pagar as contas que estavam se amontoando. O mais curioso é que eram crianças com este tipo de assunto. Deveriam ter de quatorze a quinze anos. Logo após perguntei a um amigo se eles estavam brincando e o retrato da nossa realidade veio logo na resposta que toda a conversa era de fato verdadeira.
A cidade é tão pequena que os moradores se conhecem pelo nome e se cumprimentam. No momento lembrei da hora que eu cheguei na cidade e chamei um amigo para tomar uma cerveja na praça e um familiar me alertou para não ir; pois, alguém poderia passar um rádio para uma pessoa, que não me falaram o tipo, que poderia fazer uma abordagem; pois, éramos desconhecidos aos olhos daquele comandante do crime. Quase não acreditei naquelas palavras. Incrivelmente parecia que estávamos sendo vigiado dentro da cidade que eu nasci.
No mesmo lugar parei diante de uma banca de revista e estava exposto em um jornal que a Suzana Richthofen, responsável por assassinar brutamente seus pais, na matéria dizia “Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, retornou à Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP), na tarde desta terça-feira (16) após a saída temporária de Dia dos Pais.” E eu pergunto que pais se o motivo da sua condenação foi exatamente pelo assassinato dos mesmos?
Um resumo para quem não lembra de Suzana Richthofen, foi o caso de crueldade pela qual se tornou conhecido o homicídio e consequente investigação e julgamento das mortes de Manfred e Marísia von Richthofen, casal assassinado pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos a mando da filha Suzane von Richthofen no dia 31 de outubro 2002.
Suzane e Daniel se conheceram em agosto de 1999 e começaram um relacionamento pouco tempo depois e começaram a namorar mesmo sem o apoio da família. Suzane, e os irmão cravinhos Daniel e Cristian criaram um plano para simular um assalto e assassinar o casal Richthofen, assim os três poderiam dividir a herança de Suzane. O caso que mais chocou a sociedade pelo ato cruel e frieza da própria filha.
Uma tapa na cara da sociedade com esta aberta apologia aos bandidos deixando claro que muitos casos, o crime compensa. Revoltante ainda é ler num blog famoso que o governo federal paga uma ajuda de custo denominado “Auxílio-Reclusão” no valor de quase mil reais, acima do valor estipulado pelo governo ao Salário mínimo do trabalhador. E aí a sociedade pergunta com toda veemência. Vale a pena acordar na madrugada para enfrentar o problema de transporte público para sustentar sua família numa ralação diária? Ou é melhor cometer crimes, para receber esses benefícios de um governo irresponsável e uma lei cega que exclui o trabalhador e ainda o obriga a pagar um excelente salário a estes delinquentes que fazem da nossa cadeia, um âmbito de lazer, chamando o pagador de impostos de trouxa?
ONDE VAMOS PARAR, BRASIL?
Flávio Cavalcante