Pecado Verbal

Utópicos mas jamais ilusórios

Dissertativos, narrativos, secos e emotivos

Negros e brancos, escravos e carrascos

Açoites, açoitados...

Das riquezas na senzala

os tesouros por de trás das trincheiras

o platonicismo em meio a realidade

Quebrando todas as regras, nossa verbalização

Transgredindo normas e leis... pecadores!

Tudo que existe aqui dentro, puro ou imundo, doce ou podre,

Sem normas ou restrições, sem censura,

expressionismo, verdades

um ideal

uma idéia que não será reprimida,

pontos, visões,

ataque poético, adultos, muleques

pensamentos submersos em atitudes

desigualidade vitalícia, na contra Mão do processo

explorar os absurdos diários de um mundo sobrenatural

Sendo loucos contrariando os sábios, Pecado Verbal.

...

O malandro mandou a letra. Ouviram-se resmungos. As mesas do bar tornaram-se um campo de batalha. Batalha travada com palavras mal ditas, argumentos benditos, palavras malditas, impropérios bem ditos. Batalha banhada com suor, sangue de boi e lágrimas dos mais sensíveis ao tema. É claro que todo conflito tem seus limites, alguém leu em algum lugar que os progenitores deveriam ser honrados, interpretou assim, que deveria respeitá-los, já quem escreveu deveria estar pensando na origem nobre dos pais. Mas voltemos á discussão. Beatas passavam na rua. Sim, na rua. Ficaram ofendidas, excomungaram mentalmente o tal e a todos que lhe deram ouvidos. Elas podem fazer isso?

Pois bem, o que foi proferido que gerou tamanho rebuliço. Elas ouviram falar que Deus era negro. Um fulano disse outro era melhor em certos aspectos. Alguém melhor que Deus? Disseram que o outro também era Deus. Dois Deuses? Passaram por cima de todas as leis sacras, especialmente da primeira, que diz que...que...bom, as beatas não se esqueceram e entraram na pendenga.

Elas proferem pragas respondem bíblicas aos hereges ao que esses lhas respondem com palavras que não devem ser ditas em dias santos. Nem nos outros.

Um clérigo entra no estabelecimento e sem se dar conta de tudo que se passa a sua volta, pergunta, “E o Pelé hein. Como joga! É ou não é um Deus”.

...rOg Oldim

...Helton Simões Gomes

Pecado Verbal
Enviado por Pecado Verbal em 25/07/2007
Reeditado em 02/08/2007
Código do texto: T578611