AUTOCONHECIMENTO E LIBERTAÇÃO
Tenha certeza, ninguém pode aperfeiçoar algo sem antes conhecer-lhe as propriedades íntimas, por isso quando o assunto é a reforma interior dos nossos sentimentos, o conhecimento de si mesmo é indispensável. Que tal começarmos a aprender agora mesmo como adquirir este valioso conhecimento? Comecemos pela origem das nossas crenças.
Crenças
A forma como uma pessoa se comporta na sociedade, na vida privada e até mesmo o modo como ela se veste ou se alimenta, são o reflexo direto de suas crenças, porque em geral o homem se converte naquilo em que ele acredita veementemente ser. Não importa que o mundo lhe diga que aquilo é falso, se ele acredita então se torna real.
Muitas de nossas crenças já nos acompanham de outras vidas, outras, entretanto, são adquiridas no meio em que fomos chamados a conviver, finalmente existem aquelas que adquirimos no convívio familiar, mormente com os pais. É como gostamos de dizer habitualmente: “ah, isso que ele faz já vem lá de trás; é um problema de criação mesmo”.
Em matéria de crença não existe “o certo ou o errado”. O que há são CRENÇAS POSITIVAS, capazes de nos alçar para estágios mais elevados da alma, e CRENÇAS NEGATIVAS, que nos limitam ou rebaixam como seres humanos.
Tudo o que experimentamos hoje passa pelo nosso CONSCIENTE MENTAL. Enquanto uma experiência não for bem assimilada pelo Consciente, ela necessitará ser repetida. Quando enfim a experiência registrada na mente consciente é assimilada, ela é gravada no SUBCONSCIENTE MENTAL como uma espécie de arquivo digital. Dessa forma toda vez que o Consciente precisa das informações de uma experiência arquivada na pasta Subconsciente, ela as enviará à mente Consciente de forma automática e instantânea, sem que você precise pensar no passo a passo da experiência.
Atividades como dirigir um automóvel ou andar de bicicleta são resultantes das interações entre o Consciente e o Subconsciente, pois em tais atividades realizamos movimentos por reflexos automáticos.
O Subconsciente também guarda as diretrizes do instinto, resultantes do aprendizado obtido pelo Princípio Inteligente, quando por milhões de anos estagiou nos reinos inferiores da natureza, e as memórias de vidas anteriores, difíceis de serem acessadas, porque a matéria densa do qual nosso corpo é feito, constitui um obstáculo a essas lembranças, o que convenhamos é uma medida de caráter providencial, pois ter nítidas recordações desse pretérito, nem sempre agradáveis, nos causaria muitas perturbações, impedindo-nos de avançar na jornada evolutiva.
Crenças e sentimentos passam pelo mesmo processo descrito acima.
Falando de sentimentos, diante de tudo o que nos acontece no dia a dia, as mensagens do Subconsciente são decodificadas no pavimento Consciente e transformadas em reações emocionais.
Reprogramando o Subconsciente
Para reprogramarmos nosso Subconsciente, necessitamos usar o recurso da AUTOANÁLISE. Trata-se do exame consciente de nossas crenças.
Procure relacionar mentalmente (ou anote em um papel) tudo aquilo em que você acredita e confia. Em seguida tente analisar e enxergar quais são os sentimentos (negativos ou positivos) que essas velhas crenças trazem à tona. Ou seja, com quais sentimentos essas crenças estão identificadas?
Um sujeito que acredita que “homem que é homem não deve chorar” está estimulando o orgulho, a introspecção e a angústia.
Alguém que cultiva crenças possessivas, onde tudo o que se encontra ao seu redor, inclusive as pessoas, deve lhe pertencer, está alimentando o orgulho, o egoísmo, o ciúme, a insegurança, a ambição, a cobiça, o medo de perder o que conquistou e por fim, a violência. Veja quantos sentimentos negativos essas duas crenças geraram.
Agora comece a afirmar para a sua mente Consciente crenças mais positivas, como: “sim, eu posso chorar e desabafar, compartilhando meus problemas com as pessoas que amo” e “eu não sou dono de nada, nem de ninguém”.
No início será difícil, porque o antigo padrão de informação continua gravado e resistindo no nível Subconsciente. Entretanto, com a nossa persistência nas autoafirmações positivas, o novo padrão será gravado em substituição ao antigo e assim se tornará uma crença estabelecida.
Pronto! Aprendemos como reprogramar nosso Subconsciente, mas lembre-se: os primeiros passos consistem em compreender a necessidade das mudanças para a nossa própria felicidade e óbvio, o querer mudar.
Vícios
Muitos vícios fazem parte da nossa bagagem espiritual, sendo apenas revividos no presente.
O descontrole provocado pelo vício no álcool, drogas, cigarro, jogo, sexo etc. tem levado no transcurso dos séculos milhares de indivíduos, e não raro, suas famílias, à falência física, financeira e moral.
Os vícios nascem quase sempre como muletas psicológicas para escapar do enfrentamento da solidão, da ansiedade, do temor de fracassar, entre outros. “Eu fumo cigarro porque ele me deixa mais relaxado”. Ora, por que você não elimina da sua vida, ou aprende a lidar, com o que te deixa estressado? Quando a sensação de bem-estar se torna fugaz e o organismo cria uma dependência química da substância em uso, tornando a sua falta um martírio para o corpo, temos o vício instalado com todas as suas dores.
Sim, é perfeitamente possível vencer o vício, todavia, isso exigirá muita luta e força de vontade. A luta só começa a ser efetivamente travada quando o indivíduo finalmente toma consciência do mal que o seu vício está causando aos outros e a si próprio.
Quando só a força de vontade não resolva, a psicoterapia, o tratamento espiritual (passes e leituras edificantes) e o tratamento medicamentoso, também são indicados.
Por último, mas não menos importante, o apoio familiar é de suma relevância para a reabilitação de um viciado.
NOTA: O Princípio Inteligente ou ainda, conforme algumas escolas espiritualistas, as Mônadas celestes, pode ser traduzido como o ser simples e ignorante que mais tarde se transformará nas chamadas almas ou espíritos individualizados.