A GRANDE MENTIRA

Vivemos uma época em que predomina a mentira. Tudo se configura em mentira: até o que julgamos ser verdade. Os governos são uma mentira. Os atletas são outra grande invenção da mídia mentirosa. Cada ano que se inicia, em época recente, ainda mais se acentua a mentira estabelecida. O viver a mentira tornou-se um chavão adocicado que todos bebem engenhosamente, desconhecendo o grande barato que é viver na verdade. Mas os governos e a sociedade apregoam que se estabeleçam a mentira, pois assim, escondem suas mazelas e fragilidades. Conseguem dominar, através da mentira, a grande massa, incutindo nela, a “nobreza” de ser mais um mentiroso. Mentir, esconder, dissimular, matéria fácil em todos os lugares e presente em todo canto. . Fabricam, governos e sociedade, apoiados por mídia irresponsável, ídolos de pano, vulneráveis seres, frágeis criaturas, adotados e entregues com a grande mentira da superioridade intelectual e física. As pessoas se consumindo na grande mentira do consumismo, da facilidade na aquisição de bens materiais, na promessa de um mundo repleto de condições financeiras capazes de fazê-los cumprir seus deveres. As mortes preenchendo a lacuna da grande mentira do passeio a lugares paradisíacos, pessoas se dizimando atabalhoadamente. Sem condições de repararem seus erros, achando a morte no momento e lugares onde pretendiam buscar a vida, a diversão, o descanso. A grande mentira nesse início de 2.010, o grande terremoto no Haiti, onde governo tão mentiroso quanto irresponsável, imperando por mentiras, dizimou enorme grupo de pessoas, mantendo-as presas a uma miséria inconcebível em condições subumanas e vergonhosas, enquanto ele, governo, refugia-se num palácio suntuoso, onde a grande natureza também jogou ao solo parte dessa suntuosidade desnecessária. São governos déspotas, tiranos, bajuladores, dominadores, dotados de ineficiências, governos capengas, espalhados por toda América Latina e pelo mundo. São desabamentos, enchentes, inundações, e da corja política não se sobressai uma ideia abstrata que seja, um parecer lógico, só aparecem obras eleitoreiras, políticos “kamikazes”, gentalha sem pudor, enfim, um amontoado de desrealizações. Padres pedófilos, pastores estelionatários, até a sagrada religião não ficou de fora da bandalheira estabelecida. Filhos dizimando pais e pais dizimando filhos, a sagrada família também cedeu ao grande desajuste. Enquanto a temperatura do planeta aumenta, as fontes de energia se escasseiam, há o degelo polar, animais em extinção, os seres humanos se digladiam em batalhas imensas e desnecessárias. Para se ter uma ideia da grande mentira, no final de 2.008 foi criada pelos líderes mundiais, a grande crise financeira, baseada numa suposta falta de pagamentos de financiamento imobiliário nos Estados Unidos. Grande foi a balela. A crise foi “criada” para desmoralizar um governo que saía e engrandecer o que entrava e ao mesmo tempo outros governos se beneficiariam dessa famigerada crise inventada. Foi tão mal combinada a famosa crise que o governo brasileiro numa de suas investidas, repetiu várias vezes que a crise aqui era uma “marolinha”. E não veio crise, a não ser para os que já estavam em crise. E as mentiras se sucedem indefinidamente. Desmandos, fuga de divisas, corrupção sem trégua. Todos mentem sem nenhum peso na consciência. Há crises sim, mas históricas: a crise da saúde, a crise da educação, a crise de caráter, a crise da moral, e muitas crises infindáveis. Fora, tudo isso aquela corja de ladrões que ele colocou dentro do palácio. Esses seres abomináveis. Esses terroristas transvestidos de homens de bem. Esses seres execráveis. Agora o homem barbado, o filho do Brasil – como se somente ele fosse filho do Brasil, santa petulância, se tem coisa que ele não é, é filho do Brasil; agora ele quer enfiar goela abaixo do povo a mulher barbada, aliás, a mulher que já fez barbadas no país. O piripaque do homem barbado e suposta doença da mulher barbada, querendo emocionar o povo. A grande mentira continua na música que há pelos menos uns vinte anos que não surge nada de novo e com talento. Não somente na nacional como na mundial. Outra grande farsa nacional é a chamada seleção brasileira de futebol, recheada de elementos da mais duvidosa qualidade técnica. Um técnico que não representa nada, cujo destaque no futebol nada significou. Seleção esta dirigida por entidade dominada por merchandising que visa tão somente o apuro financeiro, subordinada a outra entidade mundial que nada representa e nada realizada a não ser manipular resultados como foi na copa de 1.998. Infelizmente como vários setores da sociedade, o esporte também visa lucro e resultados que são considerados a bel- prazer das entidades que as deveriam representar. A coisa está tão desacreditada, que um profissional da área, desabafou certo dia: “Estamos criando um monstro”. Referindo-se a certas atitudes de um atleta.

P. S.: Inclusive tudo que escrevo aqui pode também se constituir numa grande mentira. Ou somente um ponto de vista em desacordo com a realidade. Porém, se você faz parte do grande rol de mentirosos, cuide-se, não se deixe levar pela enxurrada de inverdades sendo implantadas dia a dia sobre nossas consciências. Ou me ouçam ou me desculpem caso tenha fadado numa grande mentira também. Mas é preciso olhar em volta.

Lins, 25 de Janeiro a 09 de Fevereiro de 2.010.