Sobre formigas, elefantes e outros bichos
Em evidência, pra variar, a marcha protelatória das formigas que são as intermináveis discussões ambientais a impedir a realização de empreendimentos tão imprescindíveis quanto urgentes para ezte paíz. No topo da lista de espera, as usinas hidrelétricas de Belo Monte, no Pará, e de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, que não saem do papel já meio amarelado pelo tempo.
Enquanto isso, à sombra de um sinistro novo apagão que se desenha no horizonte mais provável, segue a marcha desenfreada e impiedosa dos elefantes que são as queimadas e os desmatamentos criminosos na Amazônia, por vezes patrocinados por funcionários-marginais infiltrados nos próprios órgãos públicos ambientais, como se vê escancarado pela mídia com certa freqüência (certamente, superior aos 60 hertz das nossas freqüentemente combalidas redes elétricas).
À espreita, os bichos de sempre, do gênero “soluções alternativas emergencialis providencialis” e das espécies “usinas termelétricas movidas a combustíveis fósselis” e “usinas nuclearis”, seres alienígenas por demais poluidores e ou perigosos, invariavelmente importados da rica fauna estrangeira, para deleite dos lobistas de plantão no disputadíssimo planalto central tupiniquim.
Pode?!...