EM NOME DO AMOR.
EM NOME DO AMOR.
Neste domingo, enquanto tentava por em ordem toda a bagunça provocada pela semana corrida que deixou minha casa, veio aos meus pensamentos reflexivos, como há pessoas egoístas e que desejam um mundo especial só para elas, com tudo trancafiado, num mundo de mesquinhez. Seja no trabalho, seja em casa, ou mesmo no amor. Estas pessoas são realmente perniciosas à convivência com outras pessoas normais; podem provocar uma onda de estresse gigantesca, que fazem desmoronar qualquer equilíbrio. Porque em suas mentes estão certíssimas, e agem como se fosse tudo muito natural. Por mais que recebam ajuda do parceiro ou parceira, sempre acreditam que fizeram tudo sozinho; valorizam o que lhes diz respeito, e não dão oportunidades aos demais que lhes rodeiam, isso em tratando-se de coisas materiais. Quando parte para o lado afetivo, sufocam tanto o ser que diz amar, que em vez de amor é mais uma possessão, e este ser torna-se um objeto manipulado para atender seus desejos, suas expectativas. Não pode ter vontade própria, amizades, conversar com ninguém, sorrir, passear, enfim, para tudo tem que ter uma explicação, uma justificativa, senão o mundo desmorona. Faz parte da turma que diz: matou por amor! Ora! Quem ama não mata. Só ama. E quem ama quer seu amor livre, feliz como um pássaro que voa, mas sabe a hora e o local que deve e quer retornar, porque está preso apenas pelos sentimentos, e estes o traz de volta.
Sabemos que a vida se torna bem mais gostosa quando, damos e recebemos liberdade, quando os sentimentos são livres e não impostos. Ninguém ama alguém só porque ele ou ela quer, até porque o amor brota naturalmente, é um sentimento espontâneo. Se amarmos alguém e este alguém não consegue nos amar, não podemos querer mal a esta pessoa, temos que entender e respeitar. E a partir do momento que somos sabedores que não somos correspondidos, devemos ter a dignidade e o amor próprio, e em nome do sentimento que ainda sentimos por esse alguém, devemos conceder a liberdade para amar a quem quiser.
Por mais que eu tente entender e achar tudo isso normal, não consigo. Porque todos nós temos nosso mundo particular, nossos pensamentos, que jamais serão alcançados, são invioláveis! Com eles criamos tantas fantasias, passeamos, viajamos, amamos, e montamos ensaios para realidades que queremos transformar. E aí, ninguém, por mais possessivo que seja, poderá mexer ou comandar.